Evento em São Paulo promove metaverso para melhorar educação nas escolas
As conexões possíveis e necessárias entre o metaverso, a realidade e a educação serão apresentadas na quarta-feira (13), no Expo Norte, em São Paulo, no evento Conecta Escolas Exponenciais. O objetivo é estimular inovações tecnológicas no ensino escolar de debates multidisciplinares.
Incorporar novas tecnologias como o metaverso ao ensino escolar é um desafio que passou a ser visto como um divisor de águas para muitos educadores por conta da pandemia causada pela Covid-19, que mudou a forma de o mundo se relacionar fisicamente para sempre.
No Brasil, cerca de 52,7% das escolas de ensino fundamental já apostam em um sistema híbrido de educação, com aulas remotas e presenciais, segundo dados levantados pela União dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo com apoio do UNICEF e Itaú Social.
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Especialistas ressaltam que a aceleração digital nas escolas não deve ser restringida à aulas ministradas por conferências online, é preciso investir em metodologias e novas ferramentas que potencializam a experiência de aprendizagem.
Neste cenário de inovação, o metaverso aparece como uma alternativa fértil para experimentação de novas possibilidades digitais. Para a gerente do instituto Escolas Exponenciais, Kely Gouveia, essa tecnologia emergente pode ser uma grande aliada para captar a atenção dos estudantes e estimulá-los a participar mais das atividades didáticas.
“O metaverso pode estreitar barreiras. É possível proporcionar aulas de idiomas com professores nativos, em ambientes simulados, que permitem novas descobertas por meio da interação com os gráficos, por exemplo”, diz a gerente.
O metaverso também abre espaço para atuação de edtechs, modelos de startups que se destacaram durante os dois anos mais críticos da pandemia, pois favorece a busca por soluções voltadas aos desafios do ensino híbrido. Além disso, o universo virtual possibilita o avanço das chamadas metodologias ativas, nas quais os estudantes passam a ser vistos como desbravadores e os professores como mentores e guias dos caminhos até o conhecimento.
Gouveia ressalta que não basta apenas investir em um espaço no metaverso, uma vez que, as equipes pedagógicas precisam receber instruções sobre o uso das novas ferramentas tecnológicas que estão cada vez mais presentes na vida das novas gerações.
“Os educadores têm se deparado com uma geração de nativos digitais, mais globalizados, conectados e que querem participar das discussões que chegam pela rede. É preciso entender essas motivações para manter um bom dialogo”, diz.
Um levantamento do instituto Escolas Exponenciais, que acompanhou 500 escolas privadas do ensino infantil ao médio de 200 cidades distribuídas em 25 estados brasileiros, entre os anos de 2020 e 2021, mostra que 39% das escolas registraram queda no número de alunos matriculados.
Além dos problemas financeiros, que atingiram 56% dos pais, a pesquisa também apontou o relacionamento com os profissionais das instituições e a falta de atenção prestada aos filhos como outros fatores determinantes para a decisão de deixar as escolas.
Entre os destaques desta edição está a necessidade de ressignificar o que era até então compreendido como o futuro das escolas.
Debora Garofallo, professora há 17 anos da rede pública de SP, idealizadora do trabalho de Robótica com Sucata que se tornou uma política pública vai falar sobre coletividade e inovação em sala de aula: Como recuperar as perdas de aprendizagem causadas pela pandemia, mas como fazer isso?
Em sua palestra Garofalo vai apresentar insights valiosos de como a coletividade e a inovação podem contribuir para criação de salas de aulas de alta performance.
Outro painel de destaque será do psicanalista e pedagogo pela UNESP, Mestre em Teoria Literária pela UFPR e Doutor em Crítica Literária pela UFSC, Professor Dr. Geraldo Peçanha. Como a temática “Educação Híbrida: uma transformação progressiva e irreversível”, ele pretende mostrar caminhos para o futuro da educação.
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