Mesmo investigado pela Policia por golpe de R$ 1 bilhão, Philip Han cria a My Hash sem autorização da CVM

Philip Han que é investigado pela polícia em pelo menos três inquéritos lança nova empresa que também aparenta ser fraude

Mesmo acusado de aplicar golpes que passam de R$ 1 bilhão, com a FX e a F2 Trading, o brasileiro Philip Han anunciou a criação de uma nova empresa que promete rentabilidade com criptomoedas.

Assim, recentemente em suas redes sociais, anunciou a criação da My Hash.

Porém assim como suas empresas anteriores, FX e F2 Trading, a My Hash não tem autorização ou dispensa da Comissão de Valores Mobiliários, CVM, para oferecer investimentos em tokens que são considerados valores mobiliários.

My Hash

“Olá Liderança, como estás? Eu Philip Han estou liderando um grande projeto na Suíça. Banqueiros vinculados a um banco na Suíça estão lançando um grande projeto de classe mundial. Foi aprovado na Suíça, um padrão para regulamentar tokens em bancos, este é o início da revolução e eles entenderam que precisam usar essa tecnologia e querem ser os primeiros a popularizar os tokens. Então, eles estão lançando um plano de marketing muito bom onde eu Philip Han irei iniciar e teremos muito sucesso como foi na FX”, declarou Han.

Contudo o Cointelegraph entrou em contato com a FINMA, órgão responsável pela regulamentação de criptomoedas na Suíça e, segundo a instituição, não existe qualquer projeto de Bancos lançando tokens ou promovendo tokens.

Ainda segundo o regulador o que existe de fato é uma aprovação da FINMA para que os bancos Seba Crypto AG e Sygnum, vinculados a criptomoedas, possam operar com licenças bancárias e de negociantes de valores mobiliários.

Porém a licença não prevê emissão de tokens ou o oferecimento de produtos ligados a Marketing Multinível e tampouco fora das jurisdições da Suíça.

Philip Han e Golpe

Philip Han é investigado pela Polícia Civil de São Paulo em três inquéritos distintos.

Um deles pela FX Trading Corporation, empresa que ofertava investimentos em Bitcoin, que pode chegar a R$ 1 bilhão em prejuízo. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os três inquéritos estão em andamento.

 “são apuradas denúncias de crime contra a economia popular, estelionato e organização criminosa. As equipes realizam oitivas com as partes, bem como a análise das informações e evidências reunidas até o momento. Novas diligências são realizadas e as autoridades trabalham para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos”.

FX Trading

A CVM proibiu a FX Trading de captar clientes em maio de 2019, sob pena de R$ 1.000 de multa por dia, supostamente por operar no mercado Forex sem autorização.

Ambas indicaram matrizes na Coréia do Sul, mas não está confirmada a existência das empresas de investimento.

Além disso tanto a FX quanto a F2 Trading foram denunciadas no Ministério Público Federal.

“Quem não conseguir R$ 50 mil por dia é um fracassado.”

Porém mesmo sendo investigado e com suas empresas acusadas de fraudes Han chegou a declarar que quem não conseguisse R$ 50 mil por dia era um fracassado.

“Quem não conseguir R$ 50 mil por dia é um fracassado.”, disse durante um encontro.

No entanto, ainda segundo a Polícia Han ainda é investigado por outros crimes contra a Economia Popular como a WCM777, Mr. Link e iFreex.

“O negócio deles, basicamente, era um aplicativo de mensagens, um concorrente similar ao WhatsApp, mas pago. Quem pagaria por algo que é igual a outro e de graça?”, diz Guilherme Helder, delegado da Polícia Federal do Espírito Santo, responsável pela Operação Mintaka, que apura os desvios da empresa de Han.

No entanto, apesar das investigações e dos supostos golpes Han continua solto e, segundo fontes ouvidas pelo Cointelegra, ele seria um “investidor anjo” de golpes.

Neste caso, ele  “emprestaria” dinheiro próprio para que supostos golpistas possam lançar seus negócios porém, antes que qualquer cliente seja pago o dinheiro aportado por ele seria devolvido com juros e demais taxas acordadas. 

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