EUA acusam agente russo de usar criptomoedas para conspiração política

O Departamento do Tesouro dos EUA atualizou sua lista de sanções após a Justiça americana receber na quinta-feira (10) uma queixa-crime contra o russo Artem Mikhaylovich Lifshits por suposta participação numa conspiração política chamada ‘Projeto Lakhta’.

Lifshits, que trabalhou no ‘Office of Language Service’, é acusado de ter roubado identidades de americanos para abrir contas fraudulentas em bancos e corretoras de criptomoedas.

Segundo nota do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), as contas era usadas tanto para promover operações de influência por meio do Projeto Lakhta nos EUA quanto para manter enriquecimento pessoal.

De acordo com a publicação, o russo, cuja localização no momento é desconhecida, atua como gerente do ‘Lakhta’. “Uma ação baseada na Rússia para se envolver em operações de interferência eleitoral e política”, diz o comunicado.

Atuava há seis anos

Segundo o DoJ, o Projeto Lakhta vem desde 2014 atuando para de alguma forma interromper o processo democrático no país. Conforme detalhou, “para espalhar a desconfiança em relação a candidatos a cargos políticos”. 

“Este caso deixa claro de como esses maus atores financiam suas atividades secretas de influência estrangeira e o status da Rússia como um porto seguro para cibercriminosos que se enriquecem às custas de outros”, disse o procurador John C. Demers.

Conforme comentário do também procurador G. Zachary Terwilliger, o caso requer uma aplicação agressiva das leis dos EUA, de forma a investigar e responsabilizar os cibercriminosos localizados na Rússia e em outros países, que servem como portos seguros para esse tipo de atividade criminosa.

“Lifshits não é o primeiro a se envolver em uma conspiração que vitimou pessoas e instituições americanas reais”, disse.

Alan Kohler, diretor do FBI,  também deixou seu comentário. Segundo ele, a agência vai agir agressivamente para descobrir e interromper quaisquer ações destinadas a minar as instituições democráticas dos EUA.

Sanções dos EUA contra político ucraniano

Com base nas acusações criminais, o Departamento do Tesouro decidiu registrar o nome de Lifshits e de mais dois agentes na lista de sanções financeiras dos EUA. Segundo o órgão, eles atuaram através da Internet Research Agency (IRA) em atividades cibernéticas pró-Projeto Lakhta.

Da mesma forma, o Tesouro colocou sob sanção o político ucraniano Andrii Derkach por suposta interferência eleitoral. Em maio deste ano, Derkach, apelidado de “agente russo”, divulgou gravações editadas que impactaram negativamente a candidatura Joe Biden, democrata que concorre à Casa Branca.

De acordo com a CNN, o material reforça as afirmações de Biden de que ele promoveu os interesses dos EUA e não fez nada de impróprio na Ucrânia.

Segundo o jornal, não há prova de delito nas fitas, e a campanha de Biden afirma que esses lançamentos são uma gritante intromissão russa contra o ex-vice-presidente dos EUA.

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