Libra, a criptomoeda do Facebook, está levantando mais do que algumas dúvidas na União Europeia
A moeda digital definida para ser lançada pelo Facebook em 2020 ainda tem perguntas sem resposta da UE.
Governos de todo o mundo estão enfrentando escolhas difíceis quando se trata de criptomoeda: super-regular e arriscar perder os benefícios para a economia, ou não fazer nada e se tornar vulnerável. Atualmente, a União Europeia não sabe o que fazer com o Libra, a moeda digital que será lançada pelo Facebook em 2020.
De acordo com um memorando de 19 de fevereiro, divulgado pelo vice-presidente executivo Dombrovskis, em nome da Comissão Europeia, a Associação Libra ficou aquém das suas respostas às perguntas da UE. Como resultado, qualquer informação fornecida pelo Facebook “permanece insuficiente para determinar a natureza precisa do Libra e, por extensão, sua relação com a legislação da UE existente”.
No entanto, Dombrovskis também afirmou que a Comissão está “disposta a agir rapidamente” quando se trata de aproveitar o potencial da criptomoeda, organizando regulamentos e supervisão. Essa posição reafirma sua declaração em 5 de dezembro para policiar stablecoins e monitorar qualquer risco à estabilidade financeira da região.
Reação regulatória às moedas digitais nos Estados Unidos
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, falou perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA em 13 de outubro do ano passado. Os legisladores ecoaram preocupações semelhantes às da Comissão Europeia, citando respostas vagas que Zuckerberg forneceu sobre a moeda digital:
“Na verdade, eu não sei se o Libra vai funcionar.”
Órgãos governamentais dos Estados Unidos e da UE estão trabalhando para entender melhor a criptomoeda. A Comissão lançou uma consulta pública aberta, que estará disponível até 19 de março, enquanto a Receita Federal dos Estados Unidos se prepara para uma cúpula de criptomoedas em 3 de março.