Ethereum supera Bitcoin e atinge pico de durabilidade no longo prazo

O Ethereum atingiu, na última sexta-feira (3), o pico de um índice que indica a possibilidade de oferecer mais durabilidade no longo prazo para mineradores. A métrica mostra que, nesse quesito, o ETH e os tokens da rede podem ser mais confiáveis do que o Bitcoin.

Recentemente, a renda de mineradores advinda de taxas sofreu uma disparada. Agora, estima-se que quem minera Ethereum obtém cerca de 18% dos ganhos apenas do valor embutido nas transações.

O percentual é, de longe, o maior da história. Mas, mais importante que isso, o movimento fez disparar a métrica Múltiplo de Razão entre Taxas (Fee Ratio Multiple).

O índice chegou a um patamar nunca visto, caindo de quase 30 para menos de 10. O valor, que quanto mais perto de 1, melhor, indica um futuro promissor para o criptoativo.

Nesse nível, o Múltiplo mostra que mineradores têm ainda mais garantia de faturamento mesmo com a redução da recompensa. Desse modo, devem seguir investindo nas máquinas que verificam as transações e garantem segurança para a rede.

Já os mineradores de Bitcoin, por exemplo, historicamente dependem muito mais dos BTC gerados a cada bloco. Houve até um aumento crescente nas taxas do Bitcoin, mas ainda muito longe do que já existe no Ethereum.

Cenário favorável mesmo sem aumento de preço

O aumento no volume de taxas pagas pela rede aos mineradores mostra que o Ethereum tem um ecossistema saudável. Mesmo sem uma alta de preços que justifique grandes entradas de investidores, há um crescente número de negociações em curso.

Desde o pico de quase US$ 1.400 em dezembro de 2017, o Ethereum, assim como o Bitcoin, nunca mais voltou ao mesmo patamar. O mesmo vale para uma alta recente que levou o preço do ETH de US$ 123 para US$ 285 entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020.

Desde então, o valor despencou para US$ 108 e voltou a subir, mas sem zerar as perdas. Hoje, seu valor gira em torno de US$ 220 a US$ 230.

O caso das taxas estratosféricas pode ter ajudado a disparar as taxas. No entanto, mineradores devem seu faturamento principalmente ao alto volume de transações proporcionado, principalmente, pelos tokens Ethereum. O ERC20, por exemplo, responde por 12% das taxas e o Tether (USDT) entrega, sozinho, 19%.

Tudo vai mudar com Ethereum 2.0

O valor próximo ao ótimo do Múltiplo de Razão entre Taxas é uma boa notícia. Mineradores têm uma boa perspectiva de futuro com a incerteza de quando o Ethereum 2.0 poderá chegar.

No entanto, é importante lembrar que tudo mudará com o fork iminente. Com a substituição do mecanismo de consenso, mineradores já não deverão investir tanto e a recompensa pode ser reduzida.

No entanto, se o volume de taxas seguir aumentando, os lucros de quem apostar suas fichas no Proof-of-Stake podem ser ainda maiores do que no sistema atual.

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