Em alta, rival da Ethereum recupera perdas do crash ao divulgar caixa positivo e retorno de Andre Cronje

Desenvolvedor DeFi disse que o projeto tem US$ 300 milhões em ativos e receita anual de US$ 10 milhões.

Após o crash provocado no mercado de criptomoedas, iniciado há quase um mês após os desdobramentos da crise de liquidez e posterior falência da exchange de criptomoedas FTX, os projetos envolvendo criptomoedas precisaram de algo mais do que uma narrativa capaz de seduzir os investidores. A considerar a máxima que diz que “de boa intenção, o inferno está cheio”, os investidores querem saber se empresas e projetos possuem fundos capazes de honrar seus compromissos, caso o pior venha a acontecer.

Um exemplo de projeto aparentemente preocupado em demonstrar sustentabilidade financeira ao mercado é a rede blockchain de camada um voltada a aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) Fantom (FTM), cujo token era trocado de mãos por volta de 0,24 (+12%) na manhã desta quarta-feira (30).

Gráfico diário do par FTM/USD. Fonte: CoinMarketCap

Quando analisado o desempenho do FTM no gráfico mensal, é possível perceber que a altcoin se encontrava na mesma linha de resistência do final de outubro, nos dias que antecederam um rali do mercado cripto nos primeiros dias de novembro em razão dos sinais positivos no discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, relacionados a um possível abrandamento no arrocho da taxa de juros da instituição a partir de dezembro. Na ocasião, o FTM chegou a romper a resistência de US$ 0,31.

Gráfico mensal do par FTM/USD. Fonte: CoinMarketCap

A recuperação do FTM ganha destaque quando comparada, por exemplo, com o desempenho mensal do Bitcoin (BTC), trocado de mãos por aproximadamente US$ 16,8 mil (+2,4%), valor que representa um recuo de -18% no acumulado mensal.

Gráfico mensal do par BTC/USD. Fonte: CoinMarketCap

Coincidência ou não, a recuperação do FTM aconteceu na esteira do retorno do desenvolver DeFi  Andre Cronje à plataforma. O “poderoso chefão” das DeFi havia se desligado do cargo de consultor técnico da Fantom Foundation em março deste ano

Na última segunda-feira, Cronje publicou uma atualização em seu blog dizendo que a Fantom gera uma receita anual de US$ 10 milhões e que mantém mais de US$ 300 milhões em ativos, apesar de não ter especificado a parcela líquida deste montante. 

“Ainda estamos ampliando”, disse.

De acordo os dados de novembro, o patrimônio da Fantom é composto por 450 milhões de FTM, cerca de US$ 105 milhões pela cotação atual da altcoin, US$ 100 milhões em stablecoins e outros US$ 100 milhões em outras criptomoedas, não especificadas, além de US$ 50 milhões em ativos não relacionados às criptmoedas. 

Andre Cronje especificou ainda que “a taxa de transação média diária de 30.000 FTM, isso nos rende mais de 1.000.000 / ano. A taxa média por transação é inferior a US$ 0,005” e que, dos US$ 10 milhões anuais, cerca de US$ 6 milhões são originados de várias estratégias DeFi nos ecossistemas Fantom e Ethereum. 

A ascensão diária do FTM acontece na seara da alta de até 25% de diversas altcoins, em meio à aprovação da regulamentação das criptomedas no Brasil e nova reação do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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