Ethereum está em seu primeiro grande mercado de baixa, como aconteceu com o Bitcoin em 2015, diz analista
Chris Burniske, investidor em criptomoeda e sócio do Placeholder, argumentou que o Ether está passando por seu primeiro grande mercado de baixa, assim como aconteceu com o Bitcoin em 2014-15.
Chris Burniske, investidor de criptomoeda e sócio de Placeholder, argumentou que o Ether (ETH) está passando por seu primeiro grande mercado de baixa, assim como aconteceu com o Bitcoin (BTC) em 2014-15.
Em um “tuíte” publicado em 20 de agosto, Burniske observou que, em retrospectiva, 2014-15 se revelou como tendo sido o melhor período de risco/recompensa para os investidores que tiveram a exposição ao Bitcoin. Ele acrescentou ainda:
“Para os observadores objetivos, o impulso da rede foi claro, apesar da ação de baixa do preço; aqueles predispostos a não gostar com base em interesses adquiridos, foram cegados por preconceitos e perderam o bonde da história. O que aconteceu com o $BTC está acontecendo agora com o $ETH.”
Gráfico de preço do Ether, julho de 2018-august 2019. Fonte: Coin360
Gráfico de preço do Bitcoin, juho de 2014-abril de 2015. Fonte: Coin360
Problemas de gargalo ainda “não foram solucionados”
Paralelamente aos comentários de Burniske sobre a ação no preço do Ether, o fundador da importante exchange cripto Binance, Changpeng Zhao, também conhecido por CZ, pegou no debate em curso desencadeado pela declaração de Vitalik Buterin esta semana que a blockchain da Ethereum está quase cheia.
CZ “tuitou” em 21 de agosto:
“Eu gosto do Vitalik e do ETH, mas a velocidade e a capacidade eram um problema há um ano, mas agora um problema amplamente resolvido para blockchains mais novas (por enquanto). Precisamos aumentar as aplicações na vida real para que as pessoas realmente usem, para que possamos chegar a novos problemas/limites de capacidade novamente. Concentre-se em aplicações.”
Em resposta, Buterin disse que os problemas de escalabilidade “não são resolvidos de modo algum“, observando que até mesmo as novas blockchains semi-centralizadas só podem processar centenas transações por segundo. A EOS, por exemplo – ele alegou – já enfrentou problemas de gargalo de escalabilidade.
O cofundador da Ethereum também admitiu que estava se tornando cada vez mais pessimista sobre soluções de segunda camada como a Lightning Network – uma solução de escalabilidade para o Bitcoin que abre canais de pagamento diretamente entre usuários e que mantêm a maioria das transações off-chain. Assim, a blockchain subjacente é usada apenas para liquidar os resultados líquidos.
Buterin argumentou que as soluções de segunda camada são “difíceis de construir, exigem muito raciocínio na camada de aplicativos sobre incentivos e são difíceis de generalizar”.
Técnicas e preço
Apesar das previsões pessimistas ultimamente sobre o Ether, os resultados de uma pesquisa recente junto à comunidade global de cripto no Twitter indicaram que 54% dos entrevistados acreditam que o Ether chegará aos US$ 1.000 novamente.
Esse otimismo continua a ser testado: nas profundezas do inverno cripto, o analista sênior da Fundstrat, Tom Lee, fez a mal-sucedida previsão de que o par ETH/USD chegaria a US$ 1.900 até o final de 2018.
Enquanto isso, as observações recentes de Buterin indicam que, com a escalabilidade ainda sendo um problema espinhoso como sempre, a pressão dos altos custos de transação e o aperto no espaço das transações impedem que novos parceiros entrem na rede.
No momento desta publicação, o Ether era negociado a US$ 188, uma queda de 4,8% no dia, de acordo com o Índice de Preços Ether do Cointelegraph.