Ethereum: Como as mudanças irão impactar o futuro?
O Ethereum recentemente passou por uma de suas maiores atualizações. Na última quinta-feira (05/08/2021) o hard fork batizado de London, deu início à Proposta de Melhoria da ETH (EIP-1559), que fez mudanças expressivas nas regras que regem o universo do Ether. A mudança mais expressiva foi no consenso de mineração, que passou de PoW para PoS.
Antes, o sistema utilizado para minerar era o Proof of Work (PoW – Prova de Trabalho) que consiste em computadores instalados em um espaço adaptado para essa atividade, funcionando continuamente, mesmo método do BTC. Apesar de ser considerado nocivo para a natureza e ultrapassado, mineradores mais antigos alegam ser um sistema mais robusto, e consequentemente, menos suscetível a falhas.
Agora, com a mineração em Proof of Stake (PoS – Prova de Participação), não será mais necessário todo o maquinário de computadores superpotentes para minerar.
Esse tipo de mineração pode ser feito em qualquer computador conectado à internet e ela consiste basicamente em “travar” os tokens em uma piscina de liquidez, a fim de ter participação nas validações da rede, e assim, recebendo recompensas das transações realizadas.
Seus principais desenvolvedores sempre levantaram a bandeira da descentralização, fator importante para essa mudança crucial no algoritmo da rede.
Além de tornar a mineração mais acessível para pessoas que por algum motivo não conseguem financiar uma instalação de PoW, a atualização promete tornar as taxas da rede mais estáveis e previsíveis.
Isso livraria seus usuários de taxas absurdas que eventualmente são cobradas quando a rede está com o volume acima do normal e acaba pegando-os de surpresa.
Novidade no protocolo: queima de tokens (token burn)
Em contraste com o Bitcoin, o ETH não tem uma quantidade oferta definida de tokens. Sua emissão até então é infinita e contínua, causando um efeito inflacionário no longo prazo, quando pensamos na busca por comprar Ethereum.
Juntamente com a mudança nas taxas, foi implementado um novo mecanismo: a queima de tokens, que literalmente destrói uma parte das taxas usadas nas transações, diminuindo a emissão de Ether por bloco minerado.
À primeira vista essa manobra pode parecer “um tiro no pé”, mas para o longo prazo ela traz uma reviravolta muito interessante no horizonte de preços.
Se as transações continuarem na mesma frequência, essa queima de tokens pode tornar o Ethereum deflacionário, aumentando seu poder de compra ao longo do tempo: mais moedas nas mãos dos holders e sendo queimadas do que moedas em circulação.
Isso causa uma sensação de escassez e cria uma “corrida ao pote”, assim como vemos com o Bitcoin.
Partindo para a análise gráfica, conseguimos ver que todas essas mudanças aumentaram o interesse (demanda) por ETH, fazendo com o que o preço entrasse num rally auxiliado também pela alta do BTC.
Desde seu último fundo por volta dos R$8.500 no dia 20/07/2021, e logo depois de confirmar o rompimento de sua Linha de Tendência de Baixa (LTB) – linha azul – vimos a maior altcoin do mercado partir da região dos R$9.000 até a região dos R$17.000. O Ether praticamente dobrou seu valor de mercado, resultando em ganhos de até 80%.
Após várias tentativas de romper a MME8 – 1S (média móvel exponencial de 8 semanas) – linha roxa – e performar um fundo duplo abaixo dessa média (círculos vermelhos), o preço rompe a MME8 e em seguida a usa como suporte:
Considerando que estamos no meio de um movimento de alta, se traçarmos uma Extensão de Fibonacci Baseada em Tendência desde seus R$4.000 em 03/01/2021 até o topo mais recente em R$23.000 alcançado no dia 12/05/2021, encontramos os seguintes alvos:
- O primeiro alvo na região 0.5 de Fibonacci, ou 50%, cotado em R$ 18.084,58
- O segundo alvo na região 0.618 de Fibonacci, ou 61,8%, cotado em R$20.324,26
- O terceiro algo na região 0.786 de Fibonacci, ou 78,6%, cotado em R$23.512,96
O único cenário possível para reverter essa alta seria uma correção que puxasse o preço para abaixo dos R$9.000 – região de suporte mais importante no momento.
Se uma reversão não acontecer, podemos ver o preço chegar próximo dos R$25.000 nos próximos meses, já que a oferta de ETH está cada vez mais escassa.
3,7 ETH ou aproximadamente R$61.000 estão sendo queimados a cada minuto. Isso reduz a oferta pouco a pouco, e tende a fazer o preço subir no médio prazo com o aumento relativo da demanda. Mesmo se passarmos por pequenas correções, parece ser muito improvável o preço voltar ao seu antigo patamar.
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