Museu virtual baseado em Ethereum tokeniza obra de arte Bitcoin censurada
O artista Bitcoin “Bnoiit.c” criou um museu virtual baseado em Ethereum para garantir que obras de arte censuradas sejam preservadas de maneira imutável para o público on-line.
O artista Bitcoin “Bnoiit.c” criou um museu virtual baseado em Ethereum, o “Cryptovoxels”, que garante que obras de arte censuradas sejam preservadas de maneira imutável para o público on-line.
Sua coleção contava em 25 de agosto com o mural de Bitcoin do artista de rua francês Pascal “PBOY” Boyart, que foi apagado e pintado por cima pelas autoridades da França no início deste ano.
Reviravoltas revolucionárias
O site do Criptovoxels conta a história do mural subversivo – uma releitura moderna da pintura clássica revolucionária de Eugène Delacroix “La Liberté guidant le peuple” (A Liberdade guiando o povo).
O mural – criado em homenagem ao 10º aniversário do Bloco-Gênese do Bitcoin – substituiu os rebeldes que se levantaram contra o rei Carlos X em 1830 como manifestantes contemporâneos de “Gilets Jaunes” (coletes amarelos).
Concebido como uma caça ao tesouro de arte de rua, ele continha um quebra-cabeça com uma recompensa de 0,284 BTC, que só poderia ser resolvida encontrando – e estando fisicamente na frente – do mural.
Ele foi apagado e pintado por cima um mês após a sua criação.
O mural agora foi tokenizado como um colecionável digital – dividido em 100 tokens não fungíveis baseados em ETH, que podem ser comprados e vendidos através do mercado de colecionáveis digitais peer-to-peer OpenSea.
Os usuários que desejem exibir seu fragmento do mural precisam comprar “lotes de terra” baseados em ETH no Criptovoxels – assim como na arte, esses lotes de terra também podem ser comprados e comercializados via OpenSea.
Arte e blockchain
Em 2018, o Cointelegraph divulgou o suposto primeiro leilão de arte de criptomoedas do mundo, no qual a propriedade fracionada do quadro 14 Small Electric Chairs (14 pequenas cadeiras elétricas) de Andy Warhol foi vendida por meio da plataforma blockchain Maecenas.
Da mesma forma que Boyart, o artista Andy Bauch produziu obras de arte criptográficas semelhantes a quebra-cabeças contendo códigos abstratos, que dão dicas para recuperar as chaves privadas de carteiras que contêm milhares de dólares em criptomoedas.
Na primavera deste ano, a Artory, startup de registro de arte baseada em blockchain, arrecadou mais de US$ 7 milhões na rodada de financiamento de Série A de um dos primeiros investidores do Spotify, entre outros.