ETF de criptomoedas movimenta R$ 156,27 milhões em estreia na B3
O HASH11, primeiro ETF de criptoativos no Brasil, movimentou R$ 156,27 milhões nesta segunda-feira (26), em seu primeiro dia de negociações na bolsa brasileira.
O produto, que já era o 5º maior em renda variável da B3 mesmo antes da estreia, teve valorização de 12,93% no preço das cotas, que fecharam a R$ 53,10. No entanto, ao longo do dia, o valor chegou a bater R$ 56,70. No total, a bolsa registrou 74.494 negociações do ETF no dia da listagem.
Nesta tarde, pouco antes das 15h, o ETF ocupava a terceira posição entre os fundos mais negociados na bolsa brasileira, perdendo apenas para o BOVA11 e o BOVV11, que acompanham o mercado de ações.
O ETF visto como uma alternativa mais viável para os investidores brasileiros que desejam investir em criptomoedas no país. A criação de ETFS de criptomoedas, para alguns especialistas, é um passo importante para a regulamentação dos criptoativos, já que representaria o início da conexão dos mercados financeiros tradicionais com o mercado global de criptos.
Negociado pelo ticker HASH11, o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice replica ativos de Bitcoin e tecnologia. O fundo tem composição dinâmica. Até o último sábado (24), era distribuído em:
- Bitcoin (73,51%)
- Ethereum (22,27%)
- Litecoin (1,48%)
- Chainlink (1,14%)
- Bitcoin Cash (1,02%)
- Stellar Lumens (0,57%)
Acesso à Bolsa de Valores em plena expansão
De acordo com o estudo da B3, no ano passado (2020), o número de investidores pessoas físicas saltou de 1 milhão para quase 3,2 milhões na bolsa de valores brasileira. Em meio à desvalorização da moeda brasileira e diante da expectativa de uma inflação maior, o que afeta diretamente a rentabilidade da renda fixa, o interesse por investimentos em renda variável tende a aumentar.
Os números da bolsa de valores brasileira são prova disso, visto que o total de ações sob custódia de pessoas físicas subiu em 1 ano de R$ 256 bilhões para R$ 482 bilhões.
Nesse contexto, aumenta-se, também, o interesse pelo mercado de criptoativos sobretudo como uma forma de diversificação de portfólio. Novos investidores olham para os ativos digitais como uma oportunidade de melhorar os retornos da carteira de investimentos.
Bitcoin: melhor ativo de melhor performance da última década
Em comparação com os ativos mais valorizados da bolsa em 2020, por exemplo, o Bitcoin supera toda e qualquer boa valorização. Vários fatores contribuíram positivamente para o excelente desempenho do criptoativo, como o consumo pela internet, busca por reservas de valor, diversificação do patrimônio e tendências internacionais.
Em dados reais, a empresa Top 1 em valorização no ano de 2020, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) – maior empresa do setor de siderurgia do Brasil e da América Latina – contou com uma valorização em sua cota de 125,73%. A Top 2, a WEG, valorizou 120,19%.
Até mesmo empresas internacionais com valorizações extremamente altas como a Zoom, companhia que até então não era conhecida mundialmente e ganhou muito destaque na epidemia do coronavírus, não conseguiram superar a valorização da criptomoeda mais famosa do mundo.
O valor das ações da startup foi de US$ 68 para US$ 239 em apenas seis meses. A valorização de 250% da empresa não supera o Bitcoin, que, nesse mesmo período, valorizou 276%. Desde a sua criação em 2008 até agora, a valorização do Bitcoin está na casa dos milhões por cento, mas o topo ainda não chegou.
Os fundos de criptomoedas, por exemplo, têm entregado mais de 110% de rendimento.
Oscilações de mercado
Os criptoativos sofrem oscilações com base em dois pilares principais: oferta e demanda. Entretanto, há, ainda, um fator que pode mudar completamente o cenário no longo prazo: a escassez da oferta.
21 milhões de unidades de bitcoin estarão disponíveis na sua máxima oferta. Nesse sentido, dependendo da relevância do criptoativo no futuro, o cenário pode ser cada vez mais favorável para quem possui consistência, consciência e paciência para investir no ativo.
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