ETF de criptomoedas brasileiro abre pedidos de cotas e tem data de estreia na bolsa

O primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) de criptomoedas do Brasil abre nesta terça-feira (6) o prazo para pedidos de subscrição de cotas de investimento, segundo noticia o Valor.

Em carta aos investidores, a gestora Hashdex, criadora do índice de referência do ETF em parceria com a Nasdaq, disse que o prazo para aderir ao produto vai até o dia 16 de abril.

O pedido pode ser realizado apenas por agentes de investimento autorizados vinculados a corretoras que aderirem até a próxima sexta-feira (9). Já os pedidos em si podem ser feitos tanto no nome de clientes quanto no do próprio nome do agente.

As operações serão, então, liquidadas no dia 19 de abril, dias antes da estreia do ETF na bolsa brasileira, prevista para o dia 22, com o código HASH11 (o nome completo é Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice).

A emissão do ETF é do trio Genial, Itaú BBA e BTG Pactual, banco de investimentos que lançou seu primeiro fundo de Bitcoin na última segunda-feira (5), voltado para o público iniciante.

O ETF, por outro lado, seguirá um índice que reflete o desempenho de seis criptoativos: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Stellar (XLM), Litecoin (LTC), Bitcoin Cash (BCH) e Chainlink (LINK).

ETF de Bitcoin no Brasil

O ETF de criptomoedas que seguirá o índice da Hashdex e Nasdaq será o primeiro da América Latina e do Brasil, mas não o único. Dois dias após o anúncio do produto, a QR Asset obteve liberação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para lançar o QBTC11, primeiro ETF do Brasil com exposição de 100% ao Bitcoin.

Os dois ETFs de criptomoedas vêm em momento de alta do Bitcoin no mundo e no Brasil, cujo mercado também reflete a desvalorização do real frente ao dólar.

Para Bernardo Schucman, CEO da Fastblock, consultoria especializada em blockchain, o grande número de empresas tradicionais comprando Bitcoin para seus livros-caixa e a sinalização positivas de grandes bancos, como o JP Morgan, são fatores que devem alimentar um novo rali em abril.

Já a atividade de mineradores é um terceiro ponto de convergência para a análise otimista.

O valor do ativo também favorece aos mineradores de Bitcoin que são os emissores do ativo, a “holdarem” a grande maioria dos bitcoins minerados ao invés de liquidá-los logo após a mineração do mesmo.

Ao aliar esses elementos com a compra de BTC por fundos americanos como forma de proteção contra a inflação, Schucman projeta que a criptomoeda deverá ultrapassar os US$ 150 mil em 2021.

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