Estrangeiro não quer bolsa, quer Bitcoin no Brasil
De fato o que mais preocupa alguns investidores do mercado de valores tradicional é a saída do capital estrangeiro. Apesar do menor volume do capital estrangeiro na bolsa, uma advogada sugere que haverá um novo movimento em busca do Bitcoin no Brasil.
Claro que este é um cenário que poderia movimentar mais as corretoras nacionais, fazendo até com que o Bitcoin tenha um valor de negócios no país. Alguns pontos ainda não são claros, contudo, para que esta nova caça aos ativos em terras brasileiras comece.
Um ponto que terá que ficar mais claro, por exemplo, é a regulamentação do setor no país. Em 2020, é esperado que na Câmara dos Deputados o tema avance nas discussões. Um influxo de capital estrangeiro poderia aportar no país assim que o cenário ficar mais claro.
Presidente do Banco Central acredita que saída de investidor estrangeiro da bolsa não é um problema para o Brasil
O agito na bolsa de valores brasileira está relacionado com um ponto que tem incomodado alguns investidores locais. Desde 2019, a saída de capital estrangeiro da bolsa preocupa, uma vez que houve maior procura pelos investidores locais.
De acordo com o presidente do Banco Central do Brasil, este não é um problema que o país tem em mãos. Para Campos Neto, a saída destes investidores se deve principalmente ao fato de diversificação.
Isso porque com a recente valorização da bolsa brasileira, os investidores migraram para novas opções de investimento no mundo. Ou seja, a saída de terras brasileiras seria uma espécie de realização de lucros. O presidente do BC lembrou que o país está com boas métricas de crescimento, inclusive pelo FMI.
Os investidores locais têm olhado o mercado de bolsa com mais atenção, principalmente após as recentes quedas na taxa de juros no Brasil. Com este novo cenário, deixar o dinheiro em renda fixa passou a ser ruim, logo investidores optam por correr mais riscos em busca de rentabilidade. Campos Neto afirmou que com a maior procura pelos próprios brasileiros, a saída do capital estrangeiro não prejudicou o mercado de bolsa.
Negociação de Bitcoin no Brasil poderia ser a nova corrida ao ouro por investidores externos
Se o estrangeiro sai da bolsa no Brasil, já estão de olho em outro ativo por aqui: o Bitcoin. Isso porque há uma imensa oportunidade para negociar criptomoedas neste país, segundo a advogada Thais Gobbi.
Em entrevista para a Reuters, Thais afirmou que há um interesse do capital externo entrar no Brasil. A porta para a entrada deste seria a negociação de criptomoedas no local, principalmente o Bitcoin.
A advogada acredita que há uma intensa busca por corretoras e carteiras por estes investidores, que poderiam enxergar no Brasil um novo porto seguro. Contudo, há que se ter uma regulamentação segura para que este aporte de capital chegue no setor.
O Banco Central do Brasil já teria percebido os riscos dessa visão, segundo Thais, ao afirmar que o BC acompanha o cenário da regulamentação de perto. Integrantes deste tem comparecido às reuniões na Câmara dos Deputados, principalmente para acompanhar os desdobramentos.
Ou seja, caso uma regulamentação favorável saia da Câmara, poderá o BC se posicionar para evitar uma concorrência com as criptomoedas. O Banco Central é o responsável pela emissão do Real, que é uma moeda de curso forçado.
Entretanto, no início de 2020 o Real é uma moeda que perde muito valor, forçando o BC a realizar intervenções cambiais. Em resumo, o cenário tradicional no Brasil não está interessante, com um Real fraco e uma Bolsa pouco atrativa, mas o Bitcoin poderia salvar os investidores locais, pelo menos, os deste setor. O Bitcoin se valorizou em janeiro de 2020 mais que qualquer ativo da bolsa, e até que a própria, com ganhos acima de 30% em trinta dias.
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