‘Equity Tokens: conheça os tokens de participação de empresas’, por Daniel Coquieri

A diferença entre os Equity Tokens e as ações tradicionais reside no fato de que as ações são registradas em um banco de dados junto a um certificado de papel, mesmo que digitalizado.

A tokenização vem ganhando cada vez mais o mercado financeiro, principalmente pelo fato de ajudar na democratização dos investimentos. Porém, como existem diversos tipos de tokens disponíveis, isso pode gerar alguma dúvida, tanto para quem investe quanto para quem quer tokenizar seus ativos.

Neste artigo, você vai conhecer os Equity Tokens, um dos vários tipos de tokens que estão disponíveis no mercado. Boa leitura!

O que são os Equity Tokens?

Podemos entender os Equity Tokens como uma espécie de ativos tradicionais de ações, que representam uma participação em determinadas empresas subjacentes. Com esse tipo de token, você tem direito a parte dos lucros e direito de votos no momento de decisão do futuro da empresa.

A diferença entre os Equity Tokens e as ações tradicionais reside no fato de que as ações são registradas em um banco de dados junto a um certificado de papel, mesmo que digitalizado. Já os tokens ficam registrados na blockchain, uma espécie de livro contábil, que, além de ser seguro, é transparente, já que é possível acompanhar todos os processos que acontecem dentro dela.

Os Equity Tokens podem ser divididos em classes. Temos as “ações ordinárias”, em que, geralmente, o poder de voto e lucros é dividido igualmente. Por exemplo: se a empresa libera 100 Equity Tokens, cada token dá direito a 1% dos ganhos da empresa e 1 voto entre os 100 que terão nas decisões.

Existem também os Equity Tokens Classes A e B, que podem alterar os direitos de voto. Os de Classe A, por exemplo, podem dar a quem os possui 10 votos por cada token, enquanto os de Classe B garantem 5. Os benefícios também se estendem às porcentagens de ganhos de lucros, aumentando de acordo com a classe dos Equity Tokens. 

Os Equity Tokens são classificados como transações padrão de valores mobiliários pela Securities and Exchange Comission (SEC).

Os Equity Tokens podem ser oferecidos publicamente para os investidores, assim como os Security Tokens, por meio de uma STO (Security Token Offering), que são parecidas com as IPO (Initial Public Offering), mas apresentam suas próprias vantagens:

  • agilidade na abertura de capital: empresas conseguem ter seus tokens negociados muito mais rapidamente do que levariam para fazer uma IPO;
  • praticidade de negociação: Por meio da STO, startups podem oferecer seus tokens muito mais facilmente;
  • acesso para investidores menores: os valores dos tokens em uma STO costumam ser muito mais baratos do que aqueles na bolsa de valores.

E, afinal, o que são os Security Tokens?

Esses tokens funcionam como um ativo de título tradicional também, mas representando uma participação na riqueza gerada por terceiros. Diferente dos Equity Tokens, entretanto, eles são produtos de investimentos na Blockchain que não dão propriedade às empresas subjacentes, apenas tirando valor delas.

Bastante populares, os Security Tokens são adquiridos como forma de investimento, para que possam ser vendidos no futuro, gerando lucro para quem investiu neles. E, diferente de outras criptomoedas, os Security Tokens usam como base para seu valor as métricas relacionadas à performance corporativa. Assim, o investidor pode, por exemplo, conseguir alguma participação nos lucros ou ser projetado para gerar valor com base no ecossistema da empresa.

Para a SEC, os Security Tokens agem como transação padrão de valores mobiliários.

Por que investir em tokens?

Se você ainda está se perguntando por que investir em tokens, saiba que participação de empresa é apenas um dos exemplos dos ativos que podem ser tokenizados. A tokenização também possibilita com que os investidores possuam a custódia de seus ativos em forma de tokens e tenham maior controle sobre seus próprios capitais.

Os tokens já estão presentes no mercado e podem diversificar ainda mais a sua carteira de investimentos! 

Não há porque abandonar a bolsa de valores, mas vale muito a pena expandir o seu acesso a ativos e oportunidades de retorno.

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