Envolvidos na Unick promovem empresa de Santa Catarina que promete 100% de lucro
Conhecidos nomes ligados à Unick estão envolvidos em um novo negócio. Eles promovem, via marketing multinível, uma suposta plataforma de afiliados que recompensa usuários por indicações. Além disso, a empresa diz pagar 100% sobre investimento de até R$ 200 mil.
A Unick é uma empresa acusada de golpe com criptomoedas. Sediada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, ela foi denunciada formalmente pelo Ministério Público por atividade fraudulenta. Agora, antigos líderes e até um suposto laranja promovem um outro suposto investimento.
O negócio é a WorkScore, que diz oferecer uma plataforma de afiliados para vender produtos de lojas de e-commerce. Rangel Andrade, John Lenon e Valberti Freitas se reúnem diariamente para promover a rede e angariar novos usuários para a empresa sediada em Tubarão – SC.
Promessa de lucro de 100% sobre investimento de até R$ 200 mil
As promessas – e o método de captação – são similares aos usados na antiga Unick, que teria acumulado dívida na ordem de R$ 11 bilhões com credores.
Em uma das apresentações, realizada na última segunda-feira (20), Rangel Andrade promete 20% de rendimento mensal por 10 meses, totalizando 100% de lucro. Além disso, há planos para todos os bolsos, de R$ 500 a R$ 200.000.
A empresa vai pagar, por mês, 20% do valor que você paga no seu contrato. Todo dia, a empresa vai creditar na sua conta bancária, até 1% do seu plano de revenda. Até aquele senhorzinho de idade que nunca mexeu com computador pode participar.
Há ainda a promessa de bonificação por indicações diretas e indiretas até o quinto nível da rede. Os pagamentos seriam provenientes dos lucros de produtos vendidos pela plataforma.
Dessa maneira, o dinheiro não viria apenas da entrada de novos usuários, o que configuraria pirâmide financeira. A alegação, vale lembrar, é a mesma feita por empresas acusadas de operar esquemas fraudulentos, como a Unick da qual o trio fez parte.
Quem são os nomes envolvidos na Unick
Rangel Andrade é um youtuber que ficou famoso por usar seu canal para promover a Unick. Ele foi um “líder diamante” da empresa e teria saído após a prisão dos supostos mentores no esquema.
Além disso, ele foi um dos apoiadores da Moguro, outra empresa cuja atuação passou a ser investigada pelo Ministério Público da Bahia neste mês de outubro.
Seu antigo canal, que colecionava milhares de inscritos, já não aparece no ar. Há cerca de um mês, assim, ele usa um novo canal, (Rangel Andrades – GRA) para promover a WorkScore.
Já John Lenon é apontado como um suposto laranja de Leidimar Lopes, fundador da Unick. Ele teria usado suas contas bancárias para lavar dinheiro captado pela empresa. Uma de suas estratégias, segundo denúncia do MP, seria inventar negócios fictícios para justificar a movimentação junto às instituições financeiras.
Além disso, Valberti Freitas é outro youtuber conhecido por divulgar empresas suspeitas, como a MyHash, investigada por fraude. Assim como o youtuber Sharkão, sua estratégia é recrutar novos investidores e lucrar com os bônus de indicação. Até hoje um perfil no LinkedIn com em seu nome exibe antigos links de indicação da Unick.
Recentemente, vale lembrar, outros nomes envolvidos na Unick teriam sido flagrados promovendo uma pirâmide financeira em uma pequena cidade próxima de Porto Alegre.
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