Entrevista exclusiva com André Horta, CEO da BitcoinToYou

Fale sobre a Bitcointoyou. Qual o diferencial da sua empresa na comparação com outras Exchanges?

A segurança é o principal diferencial. Assim, os números falam por si só. Fomos fundados em 2010 e já estamos com quase 400.000 clientes.

Você acredita no BTC como um safe heaven?

Sim! Eu já uso o BTC como safe haven há anos. Desse modo, sou grato ao Bitcoin por isso. Quando vejo o Real se deteriorando, comparado com as outras moedas, fica claro que essa é a decisão correta.

Qual a influência da política monetária do BACEN no preço dos ativos?

Esse é o Resultado de um desespero e política econômica falha, conforme mostra em 2008, com a crise do subprime. Dessa maneira, as moedas fiduciárias vão desvalorizar muito em relação ao Bitcoin e ao ouro.

Isso acontece porque não há demanda para gerar uma inflação. As pessoas estão desempregadas. Vai ocorrer desvalorização das moedas e o Bitcoin vai subir.

Inclusive, pessoas nos EUA estão utilizando o coronavoucher para comprar Bitcoin.

Qual o efeito do crash de março para a Bitcointoyou?

No dia 13 de março, o preço caiu bastante, mais de 40%.

Foi um susto para várias pessoas. Porém, o Bitcoin se comportou de forma parecida com outros ativos.

O que notamos na Bitcointoyou foi que a entrada de novos clientes diminuiu. Porém, os clientes nossos continuaram fazendo transações. Não houve impacto operacional para a Exchange.

O que você pensa sobre o sistema de pagamentos PIX do BACEN?

É uma pena que o BACEN não tenha utilizado o blockchain, como o Banco Central da China. Assim, ele perdeu o timing ideal.

Porém, quando olhamos para o que temos hoje, que é um sistema financeiro atrasado, o PIX vai ajudar muito. Afinal, não faz sentido o sistema atual.

As pessoas continuam trocando após as 17 horas e nos finais de semana. O sistema financeiro vai ser auxiliado, como um todo, e vai beneficiar as criptos. Na Exchange, será possível fazer depósitos e saques 24 horas por dia.

A CPI das criptomoedas influencia na adoção das criptomoedas?

Para a pessoa física, não, pois a CPI vai morrer, na minha opinião.

Contudo, o que pode ocorrer é a regulamentação, que espero ser aberta e liberal.

É importante dar segurança jurídica ao investidor institucional. Nos EUA, já existe regulamentação e o investidor.

Como está caminhando a regulamentação das criptomoedas no Brasil?

A regulamentação está atrasada no Brasil, em relação aos outros países. Além disso, está sendo feita de forma atropelada.

A IN da Receita Federal deu apenas 3 meses para as empresas e os cidadãos se adaptarem. Nos outros países, o prazo é maior para todos.

O setor da tecnologia está concentrado na China e os EUA. O Brasil tem condições para ser um polo de tecnologia?

Acredito que o Brasil tem pessoas com formação excelente, com conhecimento vasto. São pessoas muito criativas.

Porém, como Estado, o Brasil não tem condições de brigar com os outros países por motivos econômicos, de regulamentação, entre outros. Assim, o Brasil deve apostar em parcerias.

Prova disso é que a Bitcointoyou negociou com a Binance para vender criptos dentro da própria Exchange chinesa.

O que falta para a adoção de BTC no Brasil se tornar maior no Brasil?

Falta educação financeira, pois não temos essa prática na formação escolar.

Sabemos que na Europa é diferente. É uma questão estrutural. Assim, quando mais negociantes passarem a aceitar como pagamento, será mais utilizável e aceito

Qual é a sua dica para as pessoas que estão começando a investir em criptomoedas?

Elas devem buscar conhecimentos, ver vídeos da Bitcointoyou e começar com pouco. Faça o investimento, acompanhe o mercado, estude o que está investindo. Após, quando se sentir mais confiável, aporte quantidades maiores.

Na bitcointoyou, você pode comprar stablecoins lastreadas em ouro e dólar.

Mensagem final

Eu gostaria de agradecer ao BeInCrypto pela oportunidade. Sou leitor das notícias que vocês publicam. Assim, creio que o BIC é um ótimo portal, muito sério e que tem trabalhado extremamente bem no Brasil.

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