Consumo de energia usada na mineração de Bitcoin aumenta 42% em 2020
Eletricidade utilizada por mercado de criptomoedas em 2020 equivale ao mesmo consumo da Holanda no mesmo período.
A mineração de Bitcoin teve um aumento considerável no consumo de energia em 2020. No total, a demanda por eletricidade apresentada pela atividade cresceu cerca de 42% no último ano, segundo o Valor Investe.
Desse modo, com essa taxa de energia anual, o Bitcoin representa o uso de energia de um país com 100 milhões de habitantes, por exemplo. Em comparação com o Brasil, a criptomoeda consome aproximadamente 20% de toda eletricidade utilizada pelo país.
Embora a energia utilizada na mineração do Bitcoin tenha crescido em 2020, a atividade da criptomoeda é conhecida por utilizar fontes renováveis, como a energia hidrelétrica.
Mineração de Bitcoin
O uso de energia elétrica na atividade de mineração do Bitcoin cresceu 41,9% em 2020, acompanhando a valorização do preço da criptomoeda no mercado. Somente nas últimas semanas, o consumo de eletricidade com o mercado de criptomoedas saltou 23,36%.
Ou seja, ao mesmo tempo em que o preço do Bitcoin batia recordes no mercado, o consumo de energia com a mineração da criptomoeda aumentava. Desde que o preço do BTC rompeu US$ 20 mil, o consumo de energia “saltou de 86,67 para 106,92 TWh”.
O aumento do consumo de energia elétrica pelo mercado de criptomoedas é monitorado pelo Centro de Finanças Alternativos da Universidade de Cambridge (CCAF, em sua sigla em inglês).
Sendo assim, além da mineração do Bitcoin, o consumo de energia elétrica compreende todas as transações que utilizam a tecnologia blockchain, o uso de stablecoins e até projetos relacionados as Finanças Descentralizadas (DeFi).
Energia verde
O aumento do consumo de energia elétrica pelo mercado de criptomoedas registrou um crescimento de quase 42% no último ano. Atualmente o uso de eletricidade pelo Bitcoin equivale ao consumo da Holanda, que registrou 109 TWh em 2020.
De acordo com um estudo publicado pelo Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge sobre energia verde do analista Saad Imran, por mais que o consumo de energia elétrica pelo mercado de criptomoedas tenha aumentado, a atividade de mineração explora fontes de energia renovável, conhecidas como energia verde.
“Os resultados da pesquisa estimam que a mineração (que utiliza o mecanismo de consenso) de prova de trabalho é movida a energia renovável, principalmente energia de hidrelétricas.”
Além disso, um estudo da Coinshares sobre a atividade de mineração mostra que mais de 70% dos mineradores utilizam energia renovável na atividade. Sendo que, 62% deles declararam que usam energia de hidrelétricas na mineração do Bitcoin.
“Calculamos uma estimativa conservadora de uso das energias renováveis na matriz energética que alimenta a rede de mineração Bitcoin em 74,1%, tornando a mineração de Bitcoin mais voltada para (energias) renováveis do que quase todas as outras indústrias de grande escala no mundo.”
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