Fim da festa? Banco Central propõe limitar saques do Pix a 4 saques grátis por mês e R$ 500 por dia

O Banco Central quer lançar mais dois novos produtos do Pix, limitando o número de saques e valores com as novas funcionalidades.

O Banco Central do Brasil propôs nessa semana limitar os saques do sistema de transações rápidas da entidade financeira, o Pix, lançado em novembro de 2020.

Segundo o G1, o BC abriu uma consulta pública nesta segunda-feira para lançar duas novas modalidades para o Pix, o Pix Saque e o Pix Troco. O primeiro, como o nome já indica, será exclusivo para o processamento de saques, e o Pix Troco estará associado a compras ou prestações de serviços. Todos os usuários do Pix com contas em instituições participantes do sistema poderão usar as duas novas modalidades.

Causa mais polêmica o Pix Saque e os limites propostos pelo BC. A sugestão da autoridade financeira é que somente quatro operações de saques devem ser gratuitas:

“A partir da quinta transação, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do sacador poderão cobrar uma tarifa pela transação. Os sacadores não poderão ser cobrados diretamente pelos agentes de saque”

O limite também se estende aos valores nominais máximos para os saques, inicialmente estipulados em R$ 500. O BC diz que as regras agora devem ser debatidas na consulta pública e podem ser alteradas antes de entrarem em vigor:

“Todas essas regras estão sendo submetidas a contribuições da sociedade e serão aperfeiçoadas após o processamento das sugestões recebidas”

A Consulta Pública, disponível na página do Banco Central, segue até 9 de junho. O BC espera lançar as duas novas modalidades em agosto de 2021.

“As duas inovações trarão mais conveniência aos usuários, ampliando a capilaridade do serviço de saque; e o aumento da competição ao proporcionar melhores condições de oferta e de precificação dos serviços de saques, principalmente pelas instituições digitais e todas as demais instituições que não contam com rede própria de agências ou de ATMs”

O Chefe do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte, também explicou a iniciativa na matéria:

“Quando as pessoas têm conforto que podem sacar pequenos valores perto de casa, tendem a ficar com menos dinheiro no bolso porque podem a qualquer momento sacar um pouco mais. A gente entende que melhorando esses serviços, ao longo do tempo, as pessoas vão diminuir os valores dos saques e ficar com menos recursos na carteira. no médio prazo, vai reduzir o numerário [em circulação]”

Outra novidade do Banco Central, o Pix Cobrança, que vai permitir o uso do Pix de uma forma parecida com os atuais boletos bancários, deve ser lançada ainda nesta semana, em 14 de maio. O Banco Central havia adiado o primeiro lançamento, em março deste ano.

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