Fim de uma era: Banco do Brasil começa 2021 anunciando o fechamento de 361 unidades e demissão de 5 mil funcionários

Banco do Brasil anuncia a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de agências, mas não só o BB está demitindo e fechando, Itaú, Bradesco, Santander e outros também estão seguindo a mesma linha

O Banco do Brasil, uma das principais instituições do país, começou o ano de 2021 anunciando um grande plano de remodelação em seus negócios, que inclui a demissão de 5 mil funcionários (por meio de um Programas de Demissão Voluntária) e o fechamento de mais de 360 unidades.

Segundo o anúncio do banco, a medida é necessária para adequar a estrutura do BB às novas demandas da economia digital e, com isso, trazer mais eficiência à rede de atendimento, propiciar recursos para abertura das unidades de atendimento especializado e melhorar a experiência do cliente.

Além disso, o BB informa que manterá sua presença nos locais em que houve fechamento, seja com outras unidades próprias já existentes, em 221 municípios, ou com correspondentes bancários Mais BB nos demais.

Fim de uma era

No entanto, o Banco do Brasil não é a única instituição bancária que está encerrando agências e demitindo funcionários, todos os principais bancos do Brasil como Itaú, Bradesco, Santander e Caixa Econômica também seguem o mesmo movimento.

Somente em 2020, os bancos fecharam 1.444 agências no Brasil, 78% a mais que no ano passado.

O Bradesco é o banco que vem liderando o fechamento de agências com mais de 770 agências encerradas somente este ano.

Com o encerramento de agências, os empregos também estão sendo eliminados e cerca de 26% dos funcionários dos bancos perderam seus postos de trabalho em 2020.

Nesse quesito, o Santander lidera a lista, cortando 4.335 empregos, de acordo com seu balanço.

Em todos os bancos a justificativa é praticamente a mesma: adaptar as instituições à ‘nova’ economia digital e, com isso, encerrar uma ‘era’ na qual os bancos brigavam entre si para ver quem tinha a maior cobertura de agências físicas.

Hoje o que importa é o tamanho e diversidade das ofertas em economia digital, prova disso foi o lançamento do Pix no qual as instituições financeiras travaram uma ‘briga’ para cadastrar a chave de seus clientes e conquistar clientes de outras instituições.

Blockchain 

Neste desejo pela digitalização e por proporcionar cada vez mais serviços digitais a seus clientes, os bancos nacionais também vêm investindo em blockchain.

Em operação desde 2019, o Device ID, por exemplo, é uma aplicação em blockchain desenvolvida pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e se tornou a primeira rede blockchain do setor financeiro nacional.

A aplicação permite o compartilhamento de um conjunto de informação dos usuários de bancos e instituições financeiras, para com isso criar uma camada nova de segurança para sistemas antifraude e de identificação.

O sistema já está funcionando e sendo utilizado por nove bancos – Banrisul, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, JP Morgan, Banco Original, Santander e Sicoob.

Além disso, Alexsandro Broedel, diretor executivo de finanças e relações com investidores do Itaú, destacou recentemente que a tecnologia DLT é parte da base de inovação do Itaú.

“A tecnologia blockchain tem potencial bastante relevante para ser usada na atividade bancária. Não só estamos pensando em usar essa tecnologia como já estamos usando o blockchain no banco”, afirmou Broedel.

Recentemente o Banco do Brasil também anunciou mais uma aplicação em blockchain para a instituição e por meio de uma parceria com a Resale lançou uma plataforma blockchain para a venda de imóveis rurais.

A plataforma AgroBB integra 100 propriedades rurais com valores entre R$ 11 mil (terrenos) a R$ 48 milhões (fazendas). Os ativos teriam sido recebidos pelo BB como pagamento de operações de crédito ou que foram tomados por inadimplência.

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