Empresário suspeito de pirâmide prometia US$ 50 mil por dia: “quem não conseguir é um fracassado”
Philip Han exibe uma vida de luxo em seus vídeos e postagens nas redes sociais. O estilo do empresário pode ter servido para atrair investidores para os negócios que Han já trabalhou. Até algumas semanas atrás, o empresário mantinha a FX Trading em operação no Brasil.
O empresário Philip Han criou a FX Trading, uma empresa investigada pela CVM no Brasil. Com a oferta de lucros que caracterizam um movimento de pirâmide financeira, a FX Trading prometia lucro de 1,5% ao dia para seus investidores. Após os negócios da empresa serem condenados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a FX Trading supostamente deixou de operar no país.
Luxo, ouro e empresário ostentação
Em uma matéria do Estadão, Philip Han foi chamado de “empresário ostentação”. A vida luxuosa que Philip leva pode ter influenciado na adesão de clientes à rede da FX Trading. Nas redes sociais, o empresário aparece sempre com roupas caras e marcas famosas.
Han não poupa esforços ao mostrar o luxo que a vida de empresário de investimentos rendeu a ele. Em várias fotos o empresário aparece ao lado de carros luxuosos. O empresário usa diversas roupas de grife da Gucci, uma das marcas preferidas de Han é também uma das mais caras em todo o mundo. Ao lado de Philip também aparece Carla Moreira Han, que também responde pela FX Trading.
Philip Han apostava no marketing de multinível
Segundo a CVM, algumas características servem para identificar as pirâmides financeiras no mercado. Primeiramente, a oferta de lucro fixo pode levantar suspeitas sobre investimentos. Além disso, a oferta de investimentos mobiliários, por exemplo, precisa de aprovação da comissão para operar no mercado financeiro brasileiro.
O marketing de multinível também é outra característica que ronda negócios suspeitos no mercado. A promessa de lucros cada vez maiores de acordo com indicações está presente em todas as pirâmides financeiras praticamente.
FX Trading foi suspensa pela CVM em maio de 2019
A FX Trading oferecia benefícios para filiados e indicações para a plataforma. A promessa de lucro diário acontecia através de supostos investimentos em criptomoedas como o bitcoin. A empresa também alegava operar no mercado com operações conhecidas como Forex, mas teve suas atividades suspensas no Brasil pela CVM.
Em maio de 2019 a comissão publicou uma nota em que determinava a suspensão das atividades da FX trading Corporation no mercado brasileiro. A CVM entendeu que a empresa oferecia derivativos que se enquadram no que seriam valores mobiliários no mercado financeiro. Portanto, a FX Trading deveria ter autorização da CVM antes de começar a operar no Brasil.
“A CVM alerta no mercado de valores mobiliários e o público em geral sobre a atuação irregular da empresa FX trading Corporation na oferta de serviços de intermediação de valores mobiliários.”
Segundo a reportagem, a FX Trading deixou de operar no Brasil. Porém, Philip Han já teria inaugurado outro negócio em busca de novos e antigos clientes. Após a suspensão da CVM, Han constituiu a F2 Trading para dar continuidade aos negócios. Até então, a empresa supostamente foi registrada em Dubai, nos Emirados Árabes.
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