Empresário é preso por faturar R$ 800 milhões em esquema fraudulento de criptomoedas

O empresário Steve Chen foi condenado a 10 anos de prisão pela justiça norte-americana por faturar mais de R$ 800 milhões em fraude de criptomoedas.

A sentença de 120 meses de prisão federal foi dada nesta segunda-feira (11) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Conforme as investigações, Chen lucrou US$ 147 milhões enganando investidores do mundo inteiro através da sua empresa U.S. Fine Investment Arts, responsável por emitir a criptomoeda GemCoin. O ativo seria respaldado por bilhões de dólares de âmbar e outras pedras preciosas.

De acordo com o juiz John F. Walter, responsável pela sentença, a “ladainha de mentiras” de Chen promoveu um golpe de “proporções épicas”. 

Chen não desmente as acusações. Em junho de 2020, ele se declarou culpado por cometer fraude eletrônica e evasão fiscal. Em 2014, o empresário declarou que sua renda bruta naquele ano foi de US$ 138.015 mil. A sua renda, no entanto, era muito maior, de aproximadamente US$ 4,81 milhões. 

Por essa razão, além da sentença de 10 anos de prisão, Chen também vai pagar uma multa de US$ 1.885.094 ao governo.  

Esquema de pirâmide financeira

Steve Chen era o diretor executivo da U.S. Fine Investment Arts (USFIA). A empresa supostamente extraía âmbar e outras pedras preciosas de minas inexistentes nos Estados Unidos, República Dominicana, Argentina e México.

De julho de 2013 a setembro de 2015, cerca de 72.000 vítimas caíram no golpe de Chen e fizeram investimentos na empresa. De acordo com a nota de divulgação da sentença, este foi “um dos maiores esquemas de pirâmide já processados ​​no distrito”.

Conforme a investigação, Chen atraía pessoas para comprar investimentos da USFIA em valores de até US$ 30.000. Os “pacotes” representavam pedras preciosas, representadas através da criptomoeda “GemCoin”. Dessa forma, a empresa vendia tokens lastreados em pedras preciosas que nem sequer existiam.

GemCoin

Além disso, Chen dava “bônus” àqueles investidores que atraiam mais pessoas ao esquema através de marketing multinível. As recompensas iam desde quantias em dinheiro, até viagens, carros de luxo, casas em Los Angeles e vistos para imigrantes. Conforme trecho da sentença:

“Como o foco principal era recrutar outros investidores, em vez de vender produtos USFIA para clientes de varejo, a grande maioria dos investidores estava destinada a perder dinheiro – enquanto tornava [Chen] muito rico.”

Os crimes do empresário foram investigados pelo FBI, IRS Criminal Investigations e Homeland Security Investigations dos EUA.

Além disso, a SEC já entrou com ações contra Chen e sua empresa USFIA, além de outras  12 entidades controladas pelo empresário. 

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