Empresário de Santos é o dono do Bitcoin Banco, diz acusado de comandar sequestro

Guilherme Aere dos Santos, suspeito de ter sido o mandante do sequestro do empresário da BWA falou em depoimento na última terça-feira (01) à 2ª Delegacia da Divisão de Crimes Funcionais, de São Paulo, que procurou empresário para receber dívida do Grupo Bitcoin Banco.

Santos afirmou que houve um plano arquitetado pelo empresário P.R.R.B em não pagar essa dívida que ele havia se comprometido.

O suspeito relatou que o empresário era o dono verdadeiro do Banco Bitcoin (GBB).

“Apesar de a empresa Grupo Bitcoin Banco possuir formalmente como proprietário o Sr. Cláudio Oliveira, na verdade P.R.R.B seria o real proprietário”, afirmou o investigado.

A empresa nega essa relação. Em nota enviada ao Portal do Bitcoin, a BWA diz que esta conexão não existe e que Guilherme mentiu em seu depoimento à polícia: “A tese foi criada com único objetivo de coagir a empresa a pagar valores indevidos” (leia mais abaixo).

Como não cumpriu com o prometido, o depoente resolveu ir atrás do empresário, mas nega que tenha se envolvido em sequestro que teria ocorrido entre os dias 11 e 12 de julho.

Ele contou à polícia que o empresário havia feito ligações para ele no dia 15, falando que Santos havia pegado pesado demais e que a ação do suspeito colocava em risco a família do empresário.

Dívida de Bitcoin

O suspeito alegou que não entendeu bem essa história,
pois somente teria mandado um dos seus seguranças, o PM Ramon, atrás dele no
Shopping Praia Mar com o objetivo de entregar uma notificação extrajudicial de
cobrança de saques de Bitcoins.

No relato, ele disse que, após essa ligação de P.R.R.B, o seu advogado, Gustavo Arbach bem como o advogado do empresário, Rafael Steinfeld haviam minutado um novo contrato.

No entanto, de acordo com o depoente, o empresário
havia feito questão de se ter uma reunião, que ocorreria no Shopping Cidade
Jardim.

O acusado relatou que ao chegar no local, estavam P.R.R.B, acompanhado de seu advogado e dois seguranças. Contudo, quando Santos, que estava também com advogado e segurança se aproximou do empresário havia recebido ordem de prisão de dois indivíduos que se apresentaram como agentes da Polícia Federal.

A história do sequestro

Segundo relatos do acusado, o empresário teria dado o prazo de até dia 10 de julho pagar o que o GBB deixou de dívida para com o acusado do sequestro.

Como o prazo havia passado, o investigado então teria entrado em contado com o empresário no dia 11.

Contudo, negou qualquer envolvimento com os fatos ocorridos nos dias 11 e 12 que envolveram o empresário e os policiais militares também investigados pela extorsão mediante sequestro.

O investigado negou conhecer qualquer pessoa da 73ª
D.P.— DECAP, local onde o empresário teria sido levado e extorquido.

Cobrando a dívida

A questão é que Santos confirmou que havia enviado
pessoas atrás do empresário.

Ele foi interrogado pela polícia sobre o conhecimento
da abordagem realizada contra o empresário pelo tenente Nahrlich no Shopping
Center Praia Mar.

Em resposta, Santos disse que teria enviado o militar ao encontro de P.R.R.B para entregar uma notificação extrajudicial de cobrança saques não efetuados em bitcoins.

O investigado contou, entretanto, que antes havia enviado
o seu segurança o PM Ramon também ao Shopping Praia Mar atrás do empresário e
que assim que o encontrasse entregasse a notificação.

Assim que o seu segurança localizou o empresário, o
tenente teria se oferecido a ir até Santos encontrar com o empresário. No
relato à polícia, Santos disse que Nahrlich foi sozinho até o Shopping.

Reação

De acordo com ele, a partir daqui vierem os problemas.
Ele alegou que o empresário teria ligado para ele no dia 15 e afirmado “que ele
havia ido longe demais” e se remetia as ameaças feitas a família do empresário.

No depoimento, consta que nas tratativas para o
suspeito reaver o dinheiro, a suposta vítima afirmava apenas que Santos teria
ido longe demais e teria utilizado métodos pesados demais para tal.

A suposta solução encontrada foi uma reunião para
tratar de um novo contrato, o qual teria sido minutado pelos advogados tanto do
suspeito, Gustavo Arbach quanto
do empresário, Rafael Steinfeld.

Segundo o suspeito, P.R.R.B, no entanto, havia insistido para haver uma nova reunião e essa foi feita na praça de alimentação, quando foi abordado por dois homens que se afirmaram ser da Polícia Federal.

O outro lado da história era de que os ex-policiais federais estariam lá para recuperar os R$ 1 milhão que teriam sido extorquidos do empresário no suposto sequestro.

Resposta da BWA

Os responsáveis pela empresa de Santos enviaram a seguinte nota sobre o caso:

De acordo com o relatório de conclusão da investigação criminal, o Sr. Guilherme Aere dos Santos mentiu em seus depoimentos à Polícia Civil e se contradiz com seu próprio depoimento realizado anteriormente no Ministério Público, de modo que a Juíza do caso decretou a sua prisão preventiva.

Em relação aos boatos de que a BWA, na figura da vítima do sequestro, teria envolvimento com o Grupo Bitcoin Banco, importante esclarecer que essa tese foi criada com único objetivo de coagir a empresa a pagar valores indevidos, sendo disseminados documentos e notícias falsas pelo Sr. Guilherme Aere dos Santos, o qual se utilizava de perfis “fakes” em redes sociais.

O Sr. Guilherme está discutindo judicialmente uma dívida que tem junto ao Grupo Bitcoin Banco, relacionada às suas operações realizadas após deixar de ser cliente da BWA.

Não há qualquer processo judicial do Sr. Guilherme, ou de qualquer outra pessoa, requerendo valores da BWA ou de seus sócios, o que demonstra claramente a atitude espúria do Sr. Guilherme, que teve como único objetivo extorquir a vítima e sua empresa.

A BWA utilizou os serviços de compra e venda de criptoativos ofertado pela exchange Negocie Coins, da mesma maneira que utilizava diversas outras exchanges nacionais e internacionais, não tendo qualquer relação com a crise desencadeada pelo Grupo Bitcoin Banco.

Por fim, insta consignar que a BWA não tem conhecimento de qualquer investigação contra a empresa, além de não ter recebido nenhuma reclamação de seus clientes, seja em canais oficiais ou extraoficiais.

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