Empresa troca Bitcoin para refugiados da Venezuela que entram na Colômbia
Refugiados da Venezuela que cruzarem a fronteira do país com a Colômbia por meio da Ponte Internacional Simón Bolívar vão encontrar mais uma alternativa para negociar bitcoin e criptomoedas, o ponto da Panda exchange criado especificamente para este fim.
A novidade foi anunciada no Twitter na semana passada pelo fundador e diretor de blockchain do Panda Group, Typson Sanch.
“Já chegou em La Parada o primeiro BTM do Panda Group ao longo da fronteira entre a Colômbia e a Venezuela”, escreveu o executivo.
A criação do ponto na fronteira foi estrategicamente pensado para ajudar os refugiados que cruzam a fronteira e chegam a Santander, na Colômbia.
O serviço permite que os usuários negociem Bitcoin (BTC), Bitcoin Cash (BCH) e Dai (DAI) em pesos colombianos (COP) com preços baseados na Localbitcoins. O ponto fica no shopping chamado ‘La Parada’, na fronteira.
Segundo o Coindesk, o serviço vai cobrar 10% acima do preço de mercado e aqueles que pretendem vender seus bitcoins poderão trocá-los com um ágio de 5% sobre o valor de mercado estabelecido.
O Panda Group tem cinco pontos de troca de criptomoedas na Colômbia, sendo a maioria delas na capital, Bogotá.
De acordo com o CEO Arley Lozano Jaramillo, as soluções da empresa estão focadas em ajudar os usuários venezuelanos. Inclusive a empresa já anunciou um novo serviço chamdo Xpay.Cash para incentivar a adoção ao criptomercado.
Sobre o Xpay.Cash ele disse:
“Este serviço é para todos os nossos irmãos pagar diretamente em Cúcuta (capital de Santander) com suas criptomoedas ou trocar seus bitcoin por pesos colombianos, abrandando, desta forma, a perda na conversão, que geralmente fica em torno de 20%”.
Segundo a Coindesk, a Colômbia tem a maior taxa de investidores em criptomoedas na América do Sul, ao lado do Brasil. “Há mais de 20 empresas aceitando pagamentos de bitcoin no país”.
Venezuela e bitcoin
A má administração de Nicolás Maduro levou a Venezuela à maior crise de econômica de sua história.
As criptomoedas, mais precisamente o bitcoin, estão servido como um refúgio e até mesmo com uma forma sobreviver — segundo a BBC News no ano passado os venezuelanos perderem, em média, 11 quilos por falta de uma alimentação regular.
Pressionado internacionalmente, com sanções e ameaças à soberania — e assistindo a população se virando com bitcoin — Maduro até que tentou uma solução criando a criptomoeda nacional Petro, mas, controverso, o projeto até agora não vingou.
Além disso, o ditador ainda resolveu cobrar impostos sobre criptomoedas da população e das exchanges que tentam sair de suas mãos por meio da criptoeconomia.
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