Empresa do Quênia quer utilizar energia solar para minerar criptomoedas

A empresa Bithumb África começou a pesquisar o potencial da energia solar para minerar criptomoedas. Foi o que revelou John Karanja, fundador e líder da operação de mineração localizada no Quênia.

Com foco na extração de Ethereum e Ethereum Classic,  Karanja ressalta, ainda, o desejo de desmitificar a ideia de que a tecnologia causa danos ao meio ambiente.

(Foto: Pixabay)

“Estamos usando a energia solar de maneira semelhante às fontes de energia tradicionais, a fim de testar sua confiabilidade como fonte de mineração com criptomoedas”, disse ele ao portal News.Bitcoin. Acrescentando que:

“Ainda estamos analisando os dados, mas o que já podemos ver é que a economia blockchain está, certamente, estimulando a inovação no setor global de energia renovável”.

A Bithub África lançou uma série de cabos e dispositivos interconectados em sua pequena instalação de mineração em Nairobi.

O conversor se conecta a uma bateria, que é conectada ao controlador ligado a um painel solar de 200watts.

O módulo fotovoltaico é fixado ao telhado em um ângulo para maximizar a captura solar. “Estamos usando um painel (solar) padrão, que gera o suficiente para alimentar um pequeno nó de rede que executa o software blockchain.”, comentou Karanja.

Soluções de blockchain

Fundada em 2015, a Bithub África é um acelerador de blockchain comercial que está impulsionando a adoção de tecnologia e soluções de blockchain em todo o continente.

A empresa também se concentra na construção de sistemas que facilitem o acesso a serviços financeiros e energéticos por meio de projetos púbicos de blockchain e protocolos abertos, como o Bitcoin.

Além da pesquisa em andamento sobre o uso de energia solar no fornecimento de eletricidade para operadores de mineração com criptomoedas, a startup também extrai Litecoin, usando fontes convencionais de energia, mas com o mínimo de ar-condicionado necessário, apenas para evitar o superaquecimento das máquinas.

Negócios do futuro

Painéis solares já estão iluminando muitas casas em áreas urbanas e rurais em toda a África. Mas agora, eles poderiam potencializar a criação de novos negócios voltados pera mineração de criptomoedas, em um continente que possui um excelente recurso solar.

Com a mineração de Bitcoin enfrentando críticas de ativistas ambientais, por supostamente consumir eletricidade em excesso, novos modelos de negócios poderiam ajudar a neutralizar tais preocupações.

Desafios

Um desafio que a Bithub África pode encontrar com fontes de energia renováveis é a questão da intermitência.

A energia solar depende do clima confiável e ensolarado. Quando o sol não está brilhando, pode ser ruim para os negócios, já que as plataformas de mineração de criptomoedas podem parar de funcionar.

Entretanto, alguns sistemas solares podem fornecer energia em condições climáticas adversas, usando energia armazenada em baterias.

Para Karanja, a escalabilidade de mineração de criptomoedas com o uso da energia solar está longe do seu pleno potencial, principalmente por causa dos estágios iniciais da tecnologia.

“Planejamos aumentar a adoção, educando e fornecendo recursos para engenheiros qualificados que testarão e implementarão a solução em todo o continente”, conclui.

Fonte: News.Bitcoin

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