Empresa de Goiás suspeita de pirâmide financeira culpa terceiros por atraso de pagamento

A empresa de investimentos financeiros ‘All Invest’ culpou “terceiros” pelo atraso nos pagamentos a seus investidores, segundo nota publicada na quarta-feira (06). O caso está sendo investigado como crime contra a economia popular, ou seja, pirâmide financeira, pela Polícia Civil de Goiânia (GO).

No site da instituição, um comunicado explica os atrasos, esclarecendo os motivos reais da paralisação dos pagamentos.

A nota inicia repudiando “notícias veiculadas de forma irresponsável e contrária a rotina da empresa” e diz que trabalha apenas com consultoria em negócios, adquirindo novas empresas e que nunca atuou no mercado de valores mobiliários.

E ressaltou:

“A pressão realizada pela mídia afugentou novos parceiros da empresa All Invest, trazendo mais dificuldades a empresa para cumprir com seus deveres perante seus clientes”.

Diz, também, que a instituição não tem honrado com os pagamentos por culpa de terceiros, que tiveram seus negócios prejudicados devido à instabilidade do mercado.

Tais mudanças teriam, então, deixado esses “terceiros” insolúveis. Por isso, não deve cumprir os pagamentos dentro dos prazos programados.

“Nesse diapasão, é importante ressaltar que a All Invest sempre prezou pelo respeito a todos seus parceiros e vem através desta dizer a todos que dentro da data programada não conseguirá saldar com todos os seus credores”.

Empresa promete pagar

A empresa disse que acredita que logo conseguirá saldar os seus débitos sem a necessidade de qualquer “medida judicial drástica”, através de sua própria administração e recursos. Afirma, também, que não está captando novos clientes.

Segundo a nota, a empresa diz que vai continuar trabalhando para cumprir com todos os seus deveres, e que em breve todos seus clientes vão receber seus direitos corrigidos.

Contudo, esclarece que não divulgará uma data específica para saldar os débitos para não causar novas especulações.

Suspeita de pirâmide

A polícia suspeita que o negócio oferecido pela All Invest pode ser um esquema de pirâmide financeira.

Um dos clientes prejudicados, a engenheira Caroline Gonçalves, disse que investiu R$ 8 mil com a promessa de receber R$ 1.200 de juros no mês seguinte, ou seja, R$ 9.200.

Ela revelou que foi indicada por um amigo que lhe afirmou que obteve bons rendimentos oriundos de negociações em bolsa e no mercado de bens imóveis.

“O meu colega comentou que eram mercados imobiliários, que eles faziam compras e vendas e bolsa de valores”, disse em meados de julho em reportagem do G1.

Caroline conta que recebeu 15% sobre o valor investido por dois meses seguidos, mas nenhuma porcentagem foi repassada no mês de junho. Ela, então, procurou a polícia e fez uma denúncia.

Outro cliente, um empresário, investiu R$ 800 mil e só recebeu R$ 120 mil de volta. Seu advogado, Leonardo Catoeira, diz que a All Invest lhe deve mais de R$ 1 milhão.

No mês passado, Halisson Pereira Michelone, advogado que defende a empresa, disse que “o valor que é pago aos clientes vem de investimentos”.

Ele acrescentou:

“Existem nove consultores e eles ganham apenas comissão. Não é sobre o que o cliente traz, então isso já não configura uma pirâmide financeira”.


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