Em 212 cidades, prefeito poderá ser eleito com apenas 1 voto — o dele mesmo
Em mais de 200 dos 5.569 municípios do país, um candidato será eleito prefeito no próximo dia 6 de outubro se receber apenas um voto — por exemplo, o dele mesmo.
Nestas cidades há apenas uma candidatura para disputar a prefeitura. O eleitor dessas localidades não têm muita opção: vota no candidato único, vota em branco ou anula o voto.
O artigo 3º da Lei nº 9.504/97 explica que o pleito para os cargos do Executivo, como é o caso de prefeito, segue o sistema majoritário, em que ganha a candidata ou o candidato que receber a maioria dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).
Com isso, no caso de candidatura única, basta um voto para que a pessoa seja eleita.
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Candidaturas únicas crescem pelo país
O número de municípios com candidatura única dobrou em 2024 em relação às eleições municipais de 2020. Eram 106, agora passou para 212.
O Rio Grande do Sul lidera com 43 municípios, seguido por Minas Gerais, com 41, e São Paulo, com 26. Outros estados com números expressivos incluem Goiás e Paraná, com 18 cada; Piauí, com 11, Mato Grosso e Rio Grande do Norte têm nove candidatos únicos cada um. Já os estados de Sergipe, Rondônia e Rio de Janeiro têm apenas um município com candidatura única.
No estado de São Paulo, os municípios com candidatura única são Alambari, Ariranha, Avaí, Balbinos, Batatais, Boa Esperança do Sul, Borá, Cândido Mota, Cruzália, Fernando Prestes, Guaraci, Holambra, Inúbia Paulista, Iperó, Jaborandi, Jumirim, Lutécia, Magda, Nuporanga, Oriente, Orindiúva, Piquerobi, Ribeirão Grande, Santa Albertina, Santa Lúcia e Vitória Brasil. Todas as cidades têm menos de 43 mil eleitores.
Batatais é a que possui o maior eleitorado (42.018 pessoas).
Já Borá tem o menor número de eleitores não só do estado, mas de todo o país, com apenas 1.094 pessoas habilitadas para votação.