Em 2020 CVM quer ensinar índios a investir no mercado de capitais

Educação financeira e outros temas relacionados ao mercado de capitais serão abordados pela Comissão de Valores Mobiliários em ‘missões’ junto a aldeias indígenas

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pretende, em 2020, iniciar uma ‘missão’ em aldeias indígenas do Brasil para ‘ensinar’ os índios sobre o mercado de capitais no país, segundo revelou em 26 de dezembro, uma reportagem do jornal Estado de São Paulo.

De acordo com a publicação o objetivo da autarquia, que parte para o Pará já em janeiro, é criar um programa de educação financeira orientado para o empreendedorismo. Além disso a CVM busca soluções para financiar o desenvolvimento sustentável de aldeias da região.

A ideia surgiu em 2019 quando no início de novembro, o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores, José Alexandre Vasco, visitou as aldeias de Jaraki, Arapiun e Tapajó, todas na Amazônia

“Tivemos um encontro com caciques de sete aldeias de uma região no noroeste do Pará. É um território que preserva a Amazônia, mas em que os índios enfrentam dificuldades imensas para dar uma vida digna às suas famílias. A gente queira conhecer essa realidade de perto pensando em um programa de educação financeira”, disse.

Temas já conhecidos de boa parte dos investidores de Bitcoin e criptomoedas como crowdfunding, mercados de crédito, investimento e rentabilidade foram abordados e devem pautar a ‘nova jornada’ de 2020. De acordo com a CVM, se der certo, o projeto poderá ser replicado junto a outros grupos considerados vulneráveis na região: Quilombolas, ribeirinhos e agricultores familiares.

Como noticiou o Cointelegraph, desde que a CVM lançou o projeto “Ponte de Inovação” para debater a atualização do mercado de capitais, o tema de criptoativos vem sendo uma das principais pautas dos debates fazendo a autarquia intensificar os debates internos sobre sua atuação neste mercado.

“Desde 28/8, quando lançamos o Ponte de Inovação ao público, recebemos 15 consultas, incluindo de público estrangeiro. Criptoativos e robô advisor foram destaque nas interações, que já têm proporcionado novos debates internos, devido às experiências e aos questionamentos relatados. Essa troca é muito importante para observar caminhos possíveis para avanços no mercado de capitais. E queremos mais. Esperamos intensificar esse diálogo no próximo ano”, disse Bruno Luna, Superintendente da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Risco da CVM.

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