Elon Musk processa OpenAI por parceria com a Microsoft

A OpenAI parece não conseguir um momento de folga. Depois da turbulência da demissão e readmissão do CEO Sam Altman, chegou a vez de a startup enfrentar um processo judicial de seu outro cofundador, Elon Musk.

O homem mais rico do mundo acredita que a empresa ignorou sua missão original, o que gerou uma quebra de contrato.

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A OpenAI se corrompeu?

A OpenAI sempre levou a sério a ideia de desenvolver ferramentas de inteligência artificial (IA). Isso inclui a ideia de prever que a tecnologia possa ser usada para o mal da humanidade.

Por isso, a startup criou um conselho interno – composto de pessoas advindas do meio acadêmico e similares – cujo objetivo é garantir que a OpenAI desenvolva IA de forma ética.

Esse conselho tem a prerrogativa, inclusive, de fechar a empresa se achar que ela está se desviando de sua função.

Uma das ações do conselho que mais ficou conhecida foi a demissão do CEO Sam Altman, em novembro de 2023. Os diretores acreditavam que Altman estava escondendo dados deles.

Entretanto, os funcionários da OpenAI discordaram dessa análise e se uniram a Altman para reaver o cargo. O então ex-CEO tinha um aliado de peso: a Microsoft.

A gigante de buscas é uma das principais parceiras da OpenAI e confiava totalmente em seu CEO.

Enquanto Altman tentava negociar com a startup, o CEO da Microsoft Satya Nadella criou um plano B: ele contrataria Altman e todos os funcionários da OpenAI que desejassem seguir seu líder para fundar uma nova divisão de IA dentro da própria empresa.

Em seguida, Altman marchou novamente para a sede da startup, junto de vários colegas de trabalho. Lá, eles recuperaram o cargo do CEO e destituíram o conselho.

Encerrado esse capítulo, a OpenAI instituiu novos membros para o conselho, incluindo um representante da Microsoft. Esta nova composição tem valores mais adequados ao lado comercial da startup, em detrimento do compromisso ético dos defenestrados.

Talvez por isso, em janeiro de 2024, a OpenAI tenha modificado os termos de uso de suas ferramentas de IA, que passaram a permitir o uso para fins militares.

E Elon Musk?

Poucos sabem, mas o dono do Twitter (X) e da Tesla também é um dos cofundadores da startup. O processo judicial de Elon Musk aponta que a OpenAI e Sam Altman romperam cláusulas contratuais ao priorizar o lucro e interesses comerciais em vez do bem comum.

Para Musk, a parceria com a Microsoft representou o abandono do juramento de desenvolver IA com cuidado e tornar a tecnologia disponível ao público.

“A OpenAI se transformou praticamente em uma subsidiária exclusiva da Microsoft, a maior empresa de tecnologia do mundo”, diz o documento judicial do processo, que corre na Corte Superior de São Francisco.

Entretanto, essa não é a primeira vez que Elon Musk reclama da da OpenAI. Ele já criticou a startup por colocar freios artificiais em seus modelos de linguagem para impedi-los de criar conteúdo controverso, como pornografia, preconceito ou extremismo.

Para Musk, as ferramentas de IA deveriam poder responder a qualquer prompt do usuário e essas limitações seriam uma forma de tirar sua liberdade. Não à toa, o milionário começou a produzir sua própria ferramenta, que não teria esses problemas.

Além disso, Musk também já pediu uma pausa no desenvolvimento de IA. Em uma carta aberta, ele e mais de mil desenvolvedores afirmavam que o mundo precisava de tempo suficiente para criar leis que regulamentem a tecnologia.

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