A economia comportamental no fenômeno do bitcoin no Brasil

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Já deixou de ser novidade que mais brasileiros buscam investimentos em bitcoi no que na bolsa de valores brasileira. O número de brasileiros que compraram bitcoin já superou 1 milhão – mas acontece que a criptomoeda existe só há dez anos. Para se ter uma ideia, a bolsa de valores brasileira, que existe desde 1890, tem pouco mais de 700 mil investidores cadastrados.

O bitcoin atingiu essa marca no Brasil apesar de sua conhecida volatilidade e imprevisibilidade – características que normalmente repelem os brasileiros. O que faz com que nós, ainda assim, apostemos nessa tecnologia?

A resposta parece ter sido dada por uma linha dos estudos econômicos, chamada de economia comportamental (behavioral economics). Essa corrente, mais do que outras dentro da Economia, atribui a incentivos que afetam o comportamento humano os resultados econômicos.

Com a explosão do bitcoin, não teria sido diferente.

O ato dos brasileiros em investir cada vez mais em bitcoin seria um reflexo comportamental de grupo (conhecido como “efeito manada”). Além disso, as altas que o bitcoin teve foram altamente publicizadas, o que naturalmente tornou esse aitvo antes pouco conhecido por aqui, altamente atrativo.

Além desse impulso que leva grandes grupos a agirem de maneira parecida, o bitcoin ainda foi impulsionado por inúmeras histórias de milionários e bilionários graças ao bitcoin. Essas histórias de sucesso fazem com que as pessoas não queiram perder a oportunidade e ficarem à margem do fenômeno.

Apesar disso, a febre do bitcoin no Brasil desafia um princípio importante da economia comportamental – o chamado home bias. Esse conceito descreve um comportamento típico que é o de desconfiança das pessoas sobre aquilo que não é local. O bitcoin, sempre cotado com base no dólar e sendo um ativo não sediado no Brasil (ou em qualuer lugar), não deveria ser tão atrativo para os investidores locais.

Apesar de todos esses fenômenos da economia comportamental sendo observados na prática, ainda não se sabe o quanto eles vão durar.

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Juliana Liano é estudante da Faculdade de Direito da USP. Faz parte do Centro de Estudos dos Mercados Financeiro e de Capitais (CEM-USP) e é trainee no escritório jurídico global Norton Rose Fulbright.

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