Dólar atinge mínima de março e bolsa sobe 1,21% enquanto se prepara para receber ETF de Bitcoin

Com o real voltando a se apreciar, o dólar chega à segunda semana consecutiva de queda e nesta sexta-feira (19), bate a cotação mais baixa de março de R$ 5,48.

Já o Ibovespa fecha a semana em alta de 1,21% à medida que o otimismo volta a prevalecer no mercado brasileiro com o reajuste da Selic.

Além disso, a aprovação de dois novos ETFs de criptomoedas na bolsa brasileira veio animar os investidores que terão mais uma forma de negociar bitcoin no Brasil.

Nova taxa da Selic traz apreciação para o real… e o bitcoin?

A semana foi movimentada no mercado financeiro no Brasil. Depois de cinco anos estagnada, a taxa básica de juros da economia ganhou um reajuste de 0.75 pontos percentuais. 

A escolha do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic na tentativa de frear a inflação e a crise cambial, agradou o mercado e teve um efeito imediato na apreciação do real frente às outras moedas do mundo. 

O dólar, que no início da semana valia R$ 5,64, passou a cair gradativamente nos dias seguintes até chegar nesta sexta-feira a R$ 5,48, uma queda diária de 1,51%. A queda semanal é de 2,8% e leva o dólar ao preço mais baixo visto desde o final de fevereiro.

Neste contexto de Selic a 2,75%, muitos investidores se perguntaram se isso não seria um problema para as criptomoedas cuja cotação se baseia no dólar.

De acordo com especialistas ouvidos pelo BeInCrypto, no entanto, o aumento das taxas pode acabar tendo pouco impacto no mercado de cripto nacional. Isso porque a valorização do bitcoin deve ser forte o suficiente para suavizar um possível recuo do preço do ativo em real.

real moeda

Ibovespa termina semana no verde e sobe 1,21%

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (19) em alta de 1,21% ao registrar 116.221 pontos. A bolsa brasileira conseguiu se afastar das baixas vistas nos principais índices do exterior graças às ações da Petrobras (PETR4) que voltaram a subir 2,67% nesta sexta com a valorização do petróleo.

Até ontem, o desempenho negativo de Wall Street causado por investidores preocupados com os rendimentos dos títulos dos EUA e a pandemia do Covid-19, impactava o Ibovespa que fechou o dia em queda de 1,18%. 

Agora, no entanto, o mercado brasileiro voltou a se animar com a perspectiva de  melhora das condições financeiras no país conforme o Banco Central avança nas políticas monetárias de combate à inflação. 

Nem mesmo a renúncia do então presidente do Banco do Brasil, André Brandão, conseguiu ter um impacto negativo na bolsa. Embora tenha sofrido uma leve queda pela manhã, as ações do banco fecharam o dia em alta de 0,36%.

brasil

Bitcoin em breve na bolsa brasileira 

Nesta semana, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou dois pedidos de abertura de ETF de criptomoedas na bolsa brasileira.

Enquanto o índice da gestora QR Capital é 100% atrelado ao bitcoin, o da Hashdex vai acompanhar um conjunto de criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink. 

O surgimento desses novos produtos bolsa promete aumentar a adoção das criptomoedas pelos investidores brasileiros. Isso porque torna a negociação de bitcoin tão simples quanto a de uma ação comum.

Ambos os índices ainda não possuem data de lançamento, mas já receberam sinal verde da CVM para começar a captação de oferta primária. 

Nesta sexta-feira, o bitcoin voltou a se recuperar da correção sofrida na volta do fim de semana, quando alcançou uma nova máxima de US$ 61.683.

Com um crescimento de 0.92% nas últimas 24 horas, o bitcoin fecha o dia a US$ 59.052. No Brasil, sua cotação fica em torno de R$ 327 mil, de acordo com o Cointrader Monitor.

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