Justiça dos EUA indicia fundador da BitConnect por esquema de pirâmide financeira de US$ 2,4 bilhões envolvendo criptoativo
Um grande júri federal de San Diego acusou Kumbhani por orquestrar um suposto esquema de pirâmide financeira por meio do “Programa de Empréstimos” da BitConnect, entre outras alegações.
O fundador da infame exchange de criptomoedas BitConnect, Satish Kumbhani, foi acusado de supostamente enganar investidores de todo o mundo e defraudá-los em US$ 2,4 bilhões no processo.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA(DOJ), um grande júri federal de San Diego acusou Kumbhani por orquestrar um suposto esquema de pirâmide financeira por meio do “Programa de Empréstimos” da BitConnect:
“A BitConnect operava como um esquema de pirâmide financeira, pagando investidores antigos da BitConnect com dinheiro de investidores novos. No total, Kumbhani e seus conspiradores lesaram os investidores em aproximadamente US$ 2,4 bilhões.”
Em 2017, em meio ao ciclo de alta do mercado, o BitConnect (BCC) registrou uma alta histórica de US$ 463,31, atingindo uma capitalização de mercado total de US$ 3,4 bilhões, segundo o DOJ. No entanto, como evidenciado pelo gráfico acima, o preço caiu em poucos meses, causando grandes perdas aos investidores.
Kumbhani, que reside em Gujarat, na Índia, supostamente prometeu aos investidores “gerar lucros substanciais e retornos garantidos” sob o “Programa de Empréstimos” da BitConnect. A acusação alega que Kumbhani usou os fundos de novos investidores para pagar parcialmente os antigos investidores até encerrar abruptamente o programa – operando um esquema clássico de pirâmide financeira.
O DOJ afirmou ainda que Kumbhani e seus comparsas criaram uma falsa demanda pelo BCC por meio da manipulação dos preços no mercado. Os investimentos resultantes foram supostamente ocultados e transferidos por meio de um “grupo de carteiras de criptomoedas da BitConnect e de várias exchanges de criptomoedas internacionais.”
Dando suporte às alegações do DOJ, em setembro de 2021 o ex-promotor da BitConnect, Glenn Arcaro, se declarou culpado de acusações de fraude relacionadas ao seu papel na agora extinta plataforma de compra, venda e empréstimo de criptomoedas.
A acusação também alega que Kumbhani evitou as leis dos EUA ao não se registrar na Rede de Repressão a Crimes Financeiros (FinCEN), conforme exigido pela Lei de Sigilo Bancário.
Em suma, “Kumbhani é acusado de fraude eletrônica, conspiração para cometer fraude eletrônica, conspiração para cometer manipulação de preços de commodities, operação de um negócio de transferência de dinheiro não licenciado e conspiração para cometer lavagem internacional de dinheiro”, disse o comunicado de imprensa do DOJ.
O caso está sendo investigado pelo Escritório de Clevelando do FBI e por uma investigação criminal do IRS, a Receita Federal dos EUA. Se condenado por todas as acusações, Kumbhani estará sujeito a uma pena máxima de 70 anos de prisão. Além disso, o DOJ recomenda que todos os investidores da BitConnect se registrem como vítimas em potencial.
Em 20 de fevereiro, uma nova ação coletiva exigiu um julgamento com júri popular contra celebridades e influenciadores por suposta participação em um esquema clássico de pump and dump relacionado ao token SafeMoon.
Como o Cointelegraph relatou, o processo alegou que o SafeMoon e suas subsidiárias imitaram os esquemas de pirâmide financeira da vida real ao condicionar os investidores a comprar o token SafeMoon sob a promessa de lucros irreais.
Choose your fighter #SafeMoon #BitConnectttttt pic.twitter.com/b1GMnMHxuF
— W◎◎F of Wall Street | CwooFA (@WoofManCapital) April 21, 2021
Escolha seu lutador #SafeMoon #BitConnectttttt
— W◎◎F of Wall Street | CwooFA (@WoofManCapital)
Elaborado pelos demandantes Bill Merewhuader, Christopher Polite e Tim Viane, o processo procura representar e compensar todos os indivíduos que compraram tokens SafeMoon desde 8 de março de 2021 e foram vítimas do suposto rug pull, um golpe clássico DeFi em que os desenvolvedores desaparecem levando consigo os fundos dos investidores após campanhas de mineração de liquidez.
LEIA MAIS