Diretor de Inovação da gigante dos seguros IRB Brasil RE sugere adoção gradual de blockchain para o setor

Lucas Aristides Mello, Diretor de Inovação & Estratégia do IRB Brasil RE, sugere implementação de blockchain durante a Conferência Nacional das Seguradoras.

Nos últimos dias 6 e 7, aconteceu a Conferência Nacional das Seguradoras (CNseg), evento que reuniu uma série de palestras, parte delas sobre a adoção da blockchain no setor de seguros e seus respectivos desafios regulatórios.

No painel “As aplicações de blockchain em seguros e seus desafios regulatórios”, na quarta-feira, Lucas Aristides Mello, diretor de Inovação & Estratégia do IRB Brasil RE, admitiu o interesse que a tecnologia desperta na área de seguros, especialmente através do uso de contratos inteligentes:

“Os dados dentro de blockchain não podem ser excluídos e isso torna o ambiente mais confiável e imutável.”

Além deles, o diretor acredita que a cadeia de blocos ajuda na melhoria do compartilhamento de dados. “Não será mais preciso precisar coletar, armazenar, reconciliar ou agregar informações. Trata-se de uma trilha de auditoria precisa, segura e permanente”, afirmou.

De acordo com ele, a blockchain é uma inovação tecnológica como qualquer outra, e precisa ser considerada, testada e avaliadas com todas elas. “Nada mais é do que automatizar os processos dentro de um sistema, produto ou plataforma”.

Com o objetivo de desmitificar a solução, Mello pontua algumas dificuldades sobre a sua implementação e casos em que ela não ajudará, como a baixa inovação em produtos, altos custos administrativos e fontes de dados fragmentados.

Denise Ciavatta, diretora de TI da HDI Seguros complementou. “Temos de olhar a tecnologia como um meio de resolver problemas, ou seja, apenas como um facilitador nesse processo. Cabe a nós usá-la bem”, disse.

Leonardo José Brasil de Carvalho, chefe do departamento de tecnologia da informação e comunicação da Superintendência de Seguros Privados informou que a autarquia não tem nenhum projeto envolvendo blockchain. “o custo de regulação é alto e poderia sufocar o mercado. Por isso, preferimos deixar que o mercado desenvolva essa solução”, explicou, apesar de afirmar que a Superintendência é uma entusiasta da tecnologia por passar a utilizar API pela primeira vez para trocar informações com o mercado.

A CNseg é uma associação civil, com atuação em todo o território nacional, que congrega as Federações que representam as empresas integrantes dos segmentos de Seguros, Previdência Privada Complementar Aberta e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização.

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