ONG financiada pela Fundação dos Direitos Humanos diz que Banco Mundial pode usar bitcoin para ajudar Venezuela, “mas não usa”

Um projeto de pesquisa financiado pela Fundação dos Direitos Humanos afirmou que organizações como o Banco Mundial podem ajudar os venezuelanos a comprarem suprimentos e alimentos simplesmente enviando Bitcoin a eles.

Segundo a Open Money Initiative – organização por trás da pesquisa – no entanto, eles não ajudam. As informações são do The Block.

Organizações humanitárias não podem enviar dinheiro para a Venezuela devido a recusa do atual presidente Maduro à ajuda externa.

Mas a fundação dos direitos humanos encontrou no Bitcoin uma oportunidade para organizações internacionais ajudarem os cidadãos venezuelanos em necessidade.

De acordo com a fundação, organizações sem fins lucrativos (ONGS) e organizações internacionais podem facilmente converter suas moedas locais em bitcoins e enviar os ativos para os moradores do país.

Esses moradores então poderão converter os bitcoins em bolívares (moeda do país) e usar para comprar alimentos e quaisquer suprimentos que precisem.

O desafio está no fato de que essas organizações de alto nível, como o Banco Mundial, por exemplo, “não estão dispostas a adotar essa abordagem por medo de enfurecer o governo venezuelano.”

“Poderíamos trazer muito mais recursos para a Venezuela hoje se as principais organizações do mundo considerassem o Bitcoin, mas não fazem. Enquanto isso, as pessoas sofrem. É lamentável. Disse o representante da Fundação dos Direitos Humanos.

Além da resistência política, o plano proposto pela fundação para ajudar os venezuelanos  através do bitcoin também pode sofrer com a falta de acesso.

Não existem muitas corretoras de criptomoedas no país, e, a LocalBitcoins, corretora P2P que funciona na Venezuela só é acessível por computadores, e não por celulares.

Além disso, a Venezuela passa por uma crise de falta de energia.

O representante da Fundação dos Direitos Humanos disse ao The Block que a ONG está trabalhando para superar problemas políticos e de acessibilidade, envolvendo organizações e empresas privadas.

“É realmente importante mostrar que ‘coisas’ como o Bitcoin estão causando impacto e podem ser ferramentas úteis para ajudar as pessoas.”

Bitcoin e criptomoedas realmente ajuda venezuelanos

No inicio do ano, um economista venezuelano, Carlos Hernández, contou em um relato como o bitcoin ajudou ele e sua família a se manterem vivos.

A Venezuela testemunhou uma saída em massa de quase três milhões de pessoas, com quase um milhão fugindo para a vizinha Colômbia.

Em meio a crise, várias pessoas encontraram nas criptomoedas uma forma de combater o governo e a inflação.

As pessoas estão usando moedas digitais para evitar a hiperinflação, mas também para terem dinheiro que vale alguma coisa.

A hiperinflação continua devastando a economia da Venezuela, dificultando acesso às coisas básicas.

Segundo a CNBC, a hiperinflação da Venezuela está atualmente em 10.000.000% (dez milhões por cento).

Os Estados Unidos anunciou sanções à Venezuela que atingem vários setores da economia do país sul-americano. Como medida para driblar as sanções do país, a Venezuela utiliza criptomoedas como o Bitcoin.

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