Dinheiro tokenizado é o futuro, aponta relatório do Citibank
Segundo relatório do Citibank, o dinheiro digital, por meio de token, é o futuro do dinheiro. O documento discute se o mundo está à beira de um Digital Money 2.0, visto que não se trata de um dinheiro eletrônico, mas de um novo tipo de dinheiro digital criado pela tokenização.
Desde o boom do Bitcoin, o mercado de ativos digitais não nunca mais foi o mesmo. O interesse por um tipo específico de moeda digital (a criptomoeda) cresce exponencialmente e o fim do dinheiro físico parece estar a cada dia mais próximo com o avanço das finanças descentralizadas. Os EUA, por exemplo, sinalizaram, recentemente, projetos para testar o dólar digital.
A adoção da moeda digital pela China está longe de ser apenas uma moda. No Brasil, o chefe do Banco Central já anunciou que o real digital está avançado, tendo, inclusive, possibilidade de implementação em 2022 enquanto, em Portugal, empresas do setor de criptomoedas terão seu registro regulamentado pelo banco central.
Implicações do dinheiro tokenizado
A pesquisa, dentre outros pontos, apresenta o quanto o dinheiro tokenizado poderia desintermediar as instituições financeiras e substituir algumas formas pagamento existentes, como os cheques e os cartões. Além disso, é possível que se aumente o custo dos depósitos bancários.
Mas não é só isso. A tokenização do dinheiro pode ainda, segundo os analistas do Citibank, reduzir muitos crimes que são realizados com dinheiro físico. Como a moeda digital permite rastreamento, poderia, assim, acabar ou diminuir atividades ilegais e dificultar outras ações criminosas, além da sonegação de impostos.
A segurança que as moedas digitais possuem por meio da blockchain dificultaria e, possivelmente, eliminaria a falsificação de notas e moedas.
Redução de custos para o Estado e impactos ambientais
Vale lembrar que a emissão das cédulas tem um alto custo para o Banco Central. No Brasil, gasta-se bilhões para se manter as notas em circulação. Além do gasto público para a confecção, há ainda o custo de reposição, visto que as cédulas têm uma durabilidade pequena.
O fim das cédulas impactaria também o meio ambiente, já que milhões de árvores são derrubadas anualmente no Brasil para a emissão de papel-moeda.
Para o Citibank, a adoção de uma moeda digital representaria, portanto, uma revolução financeira capaz de transformar o mundo
Entre os destaques não mencionados no relatório estão a possibilidade de consolidação de um sistema alternativo e descentralizado de finanças passando por formas de empreendedorismo, como a mineração de criptomoedas, ao investimento direto e, ainda, o uso dos criptoativos como solução para problemas ambientais.
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