Dificuldade financeira de millennials impulsiona adoção das criptomoedas
Dados mostram que os millennials nos Estados Unidos estão migrando para métodos financeiros alternativos, como criptoativos, para aumentar seu bem-estar financeiro.
Um relatório, intitulado “The State of Consumer Banking & Payments” da Morning Consult em janeiro revelou que os millennials estão adotando novas tecnologias para ajudá-los a tomar decisões financeiras, a uma taxa mais alta do que qualquer outra geração. A autora do relatório, a analista de serviços financeiros Charlotte Principato, combinou dados de 50 mil entrevistados diferentes. Pesquisas mensais foram realizadas nos EUA e internacionalmente de julho a dezembro de 2021.
Principato afirmou ao Cointelegraph nesta sexta-feira, 18, que o aumento no uso de criptomoedas em 2021 foi uma exceção entre as estatísticas que surgiram para ela ao elaborar o relatório. “Embora seja um ativo volátil, as criptomoedas mantiveram com sucesso o interesse dos consumidores em todo o mundo, e isso continua crescendo”, comentou.
Em dezembro passado, cerca de 48% das famílias da geração millennial possuíam criptomoedas, contra apenas 30% em junho. Durante o mesmo período, 20% de todos os adultos dos EUA relataram possuir alguma criptomoeda.
O uso de serviços financeiros alternativos pelos millennials, como criptomoedas, pode dever-se ao fato deles terem sofrido com pontuações de bem-estar financeiro “persistentemente abaixo da média nacional” desde junho de 2021, de acordo com o relatório. A média global em dezembro passado foi de 50,98, mas a geração millennial permaneceu em 49,54.
Principato disse ao Cointelegraph que a redução no bem-estar financeiro foi uma tendência que ela notou nos últimos sete meses. Ela atribui o declínio às “variantes Delta e Omicron do coronavírus, e ao aumento da inflação nos EUA, que não se recuperou totalmente”.
O site da Morning Consult afirma que a pontuação de bem-estar financeiro é determinada por uma escala que “inclui 10 perguntas para aferir a segurança presente e futura, e a liberdade de escolha, abordando o controle dos consumidores sobre suas finanças, sua capacidade de absorver choques financeiros e sua trajetória atingir seus objetivos financeiros”.
Enquanto os millennials em geral são os líderes, os proprietários de criptomoedas são “desproporcionalmente homens, da geração millennial, e com salário acima da média”. 70% dos homens da geração do milênio usam criptomoedas, e 25% deles ganham mais de 100 mil dólares por ano.
Curiosamente, os hispânicos têm uma taxa mais alta de uso de criptoativos do que sua representação na população adulta em geral. Cerca de 16% de todos os adultos dos EUA são hispânicos, mas representam 24% de todos os proprietários de criptomoedas.
À medida que as criptomoedas se tornaram mais populares ao longo de 2021, os entrevistados de todas as gerações pesquisadas – baby boomers, geração X, millennials e adultos da geração Z – estavam cada vez mais propensos a fazer compras na Coinbase, uma corretora norte-americana de criptomoedas.
Os resultados do relatório levaram Principato a concluir que “as criptomoedas vão crescer em 2022”. O relatório afirmou que a adoção de criptomoedas e a integração das gerações mais jovens serão dois fatores principais que levarão ao boom.
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