Destaque da semana, stablecoins ganham status de protagonista no ecossistema cripto

Apesar de não serem tão famosas quanto as criptomoedas, as stablecoins não são verdadeiramente uma novidades nesse ecossistema e, inclusive, já virou reportagem especial no Portal Criptoeconomia.

(Foto: Pixabay)

Mas nessa semana, as denominadas “moedas estáveis” — por serem vinculadas a um ativo lastreado como dólar ou ouro, mas sem estar submetidas a nenhum banco central — ganharam status de protagonista, muito por conta da polêmica envolvendo o Tether (USDT).

Segundo a CCN explicou, e nós destacamos aqui, a origem da controvérsia está na especulativa falta de insolvência e boatos de falência da exchange Bitfinex, operada pelo mesmo grupo que a Tether, empresa responsável pela emissão dos tokens USDT.

Dado que as stablecoins são normalmente usadas como rampas de entrada para investidores que buscam comprar Bitcoin ou outras criptomoedas, o mercado está começando a diferenciar os benefícios e desvantagens de cada uma delas, ou pelo menos das mais famosas.

Vários criptoativos indexados ao dólar estão agora sendo negociadas com preços significativamente mais altos ou sensivelmente inferiores ao correspondente à moeda americana. O que reflete a percepção dos investidores sobre os riscos agregados.

As novas e detalhadas avaliações começaram na manhã da última segunda-feira, quando o Tether saiu da margem de US$ 1, caindo para cerca de US$ 0,87. E, apesar da estabilização próxima de um dólar no final do dia, a stablecoin não conseguiu evitar o seu declínio por capitalização de mercado.

(Fonte: Coindesk)

De fato, com base nos dados compilados através do CoinMarketCap, o mercado vê o USDT como a stablecoin mais arriscada atualmente, valendo menos de um dólar por token.

Esse cenário pode refletir as dúvidas de longo prazo de que a empresa emissora do USDT possua dólares de reserva suficientes para garantir plenamente seus tokens.

Contradizendo as especulações, a empresa comentou que seu estoque está totalmente garantido, mesmo não conseguindo comprovar o dado por meio de uma auditoria.

Em alta

Por outro lado, a Gemini Dollar (GUSD), apoiada pela exchange de criptomoedas dos irmãos Winklevoss, viu sua escalada de preço, atingindo o recorde de U$ 1,19 por token, embora pouco depois tenha caído para US$ 1,04.

Outras grandes stablecoins seguem o mesmo caminho — como a TUSD, emitida pela TrustToken e a PAX, sob a responsabilidade da Paxos — e estão sendo negociadas acima de US$ 1, mesmo que nenhuma destas três tenham atingido o nível da GUSD.

O contraste de crescimento entre a GUSD e a PAX, por exemplo, é destacado pelo volume de cada token em circulação. Enquanto que a PAX anunciou, na noite de segunda-feira, a emissão de mais de 50 milhões de tokens, a oferta da GUSD se mostrou muito menor.

Em determinado momento na terça-feira, comprar um Bitcoin por meio do USDT ficou cerca de US$ 700 mais caro do que se a compra fosse feita no GUSD.

Resumindo, o contexto atual mostra que comprar Bitcoin com a USDT representa uma desvantagem para o investidor, principalmente se comparada com qualquer outra stablecoin, listada acima, indexada ao dólar.

 

Fonte: Coindesk

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