Desastres e decepções: Os maiores fails das criptomoedas em 2018
Por: Livecoins
2018 não foi o melhor ano de todos para as criptomoedas, um mercado de urso prolongado, mais de 70% de desvalorização, diminuição de uso das criptomoedas como forma de pagamento, enfim.
Ao longo do caminho houveram muitas notícias positivas e desenvolvimentos nas empresas e equipes na industria, mas houve também uma boa parte de problemas.
À medida que 2018 entra em suas últimas semanas, vamos relembrar algumas das maiores catástrofes das criptomoedas ocorridas neste ano.
Hacking na Coréia
Ataques hackers relacionados às criptomoedas ocorreram em todos os cantos do mundo em 2018, e a Coréia do Sul – muitas vezes considerada um enorme centro de criptografia e tecnologia – viu sua parte justa. Em junho, por exemplo, o país foi alvo de dois hacks em corretoras – Coinrail e Bithumb – que registraram uma perda total combinada de mais de US $ 71 milhões.
A Coinrail viu cerca de US $ 40 milhões em fundos de criptomoedas desaparecerem de suas carteiras, enquanto a Bithumb perdeu mais de US $ 31 milhões.
Volatilidade surpresa de fim de ano do Bitcoin
Após notícias de que o bitcoin estava no nível mais baixo de volatilidade em dois anos, a criptomoeda líder em capitalização de mercado começou a perder valor. Primeiro, caiu para US $ 5.000. Então $ 4.000.
Agora o bitcoin está sendo negociado com a maior baixa de 15 meses e valendo pouco mais de US $ 3.400 por moeda. É este o presente deixado em nossas meias para dezembro? Feliz Natal pra todo mundo…
Além disso, muitas fontes afirmam que o bitcoin ainda não chegou ao fundo do poço, com alguns dizendo que a moeda digital pode cair abaixo de $ 1.000 antes de começar a se recuperar.
1 Bilhão de dólares em criptomoedas foram roubados
A empresa de cibersegurança de Moscou, Group-IB, divulgou um relatório afirmando que cerca de US $ 1 bilhão de dólares em criptomoedas foram roubados de vários investidores e comerciantes ao longo de um período de dois anos, com mais da metade desaparecendo em 2018.
No ano passado, crimes relacionados à criptomoedas envolvendo falsas ofertas iniciais de moedas (ICOs) roubaram mais de US $ 500 milhões de investidores. As coisas ficaram tão ruins que a SEC (Securities and Exchange Commission, Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) adotou uma posição mais firme contra as ICOs, insistindo em processos específicos de registro e punindo aqueles que não aderem.
A SEC puniu recentemente projetos como a Paragon Coin e AirFox. Ambos falharam em registrar adequadamente seus ICOs como títulos e receberam multas de aproximadamente US $ 250.000 cada.
John Griffin: Relatório sobre Tether
Em junho de 2018, o professor de finanças da Universidade do Texas, John Griffin, divulgou um relatório alegando que os picos de preços do bitcoin que haviam ocorrido de forma tão proeminente em 2017 foram resultado de possíveis manipulações.
O relatório mencionou que toda vez que o bitcoin caía de preço, mesmo com uma pequena margem, o preço era usado para comprar a moeda e empurrar seu valor de volta. Isso acabou amarrando a moeda ao USD – que supostamente suporta os preços das ações – e ajudou a manter seu valor elevado.
Hack da CoinCheck
Talvez o maior evento deste ano seja aquele que, ironicamente, aconteceu perto do início do ano. Estamos falando, é claro, sobre o infame Hack da Coincheck que ocorreu em janeiro de 2018 e bateu o recorde estabelecido pela Mt.Gox como o maior roubo de criptomoedas do mundo.
O roubo ocorreu nas primeiras semanas de janeiro e resultou em mais de US $ 500 milhões em fundos de criptomoedas desaparecidos. A corretora foi muito criticada por suas formas de armazenar criptomoedas, e muitos acreditavam que a empresa não tinha feito o suficiente para proteger seus clientes e fundos.
Isso chamou atenção da Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA). A organização começou a ter um papel mais ativo na industria de criptomoedas, trabalhando com a Coincheck para aumentar seus protocolos de segurança e enviando cartas ameaçadoras para todas corretoras, dizendo que se elas não fizessem o mesmo, seriam desativadas permanentemente.
O Japão agora abriga os dois maiores hacks de criptomoedas do mundo – algo que provavelmente é um pouco embaraçoso.
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