Desafio do BC vai avaliar casos de uso do Real Digital

Edição especial Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas de Desafio do Real Digital, o LIFT Challenge Real Digital tem o objetivo de avaliar casos de uso e a viabilidade tecnológica da CBDC brasileira, o Real Digital, emitido pelo Banco Central do Brasil (BC).

A nova versão do laboratório de pesquisa aplicada foi anunciada nesta terça-feira (30), pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O lançamento do desafio ocorreu no último webinar da série promovida pela autoridade monetária para discutir a potencial criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) brasileira, o Real Digital.

O LIFT Challenge Real Digital acontecerá em um ambiente colaborativo virtual e pretende reunir um público experiente de instituições de pagamento, bancos, fintechs e empresas de tecnologia.

Realizados pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), em parceria com o Banco Central, os desafios agrupam participantes do mercado interessados em desenvolver um produto minimamente viável (MVP, do inglês “minimum viable product”) para o desenvolvimento de soluções inovadoras que beneficiem a população e o funcionamento do Sistema Financeiro. 

Evento quer promover CBDC brasileira

Além dos proponentes de projetos, responsáveis pela proposição e desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica aplicados à indústria financeira com foco no tema do desafio LIFT Challenge Real Digital, poderão participar da iniciativa fornecedores de soluções tecnológicas, na condição de parceiros de projetos, bem como agentes da academia, que desejem acompanhar e avaliar projetos através de tutorias, consultorias e orientações por meio de acordos específicos com os proponentes de projetos.

O desafio dará a preferência para a seleção de projetos sobre as seguintes categorias de casos de uso em ambiente online:

  • Entrega contra Pagamento (DvP, da expressão em inglês “delivery versus payment”), voltado à liquidação de transações com ativos digitais, tanto nativos do ambiente digital quanto tokenizados;
  • Pagamento contra Pagamento (PvP, da expressão em inglês “payment versus payment”), voltado ao câmbio entre moedas;
  • Internet das coisas (IoT, da expressão em inglês “internet of things”), voltado à liquidação algorítmica ou diretamente entre máquinas; 
  • Finanças descentralizadas (DeFi) voltado à definição de protocolos com liquidação baseada em uma moeda digital do banco central (CBDC) e tendo em vista requisitos de conformidade e supervisão estabelecidos em norma.

Potenciais soluções de pagamento em que tanto pagador quanto recebedor se encontrem offline também terão preferência . Além da prioridade aos produtos, a infraestrutura do caso de uso proposto será avaliada os potenciais de:

  • Interoperabilidade com outros sistemas de pagamentos, disponíveis tanto para operações de varejo quanto de atacado;
  • Escalabilidade da solução tecnológica, voltada a aplicações de varejo de escopo nacional;
  • Privacidade das informações empregadas no caso de uso, em observância à legislação brasileira pertinente; e
  • Programabilidade da solução proposta, voltada a permitir a inovação e à construção de novas soluções e produtos com base na plataforma proposta.

No período de seis meses, o projeto será desenvolvido com o acompanhamento quinzenal dos progressos pelo Banco Central. As inscrições começam em 10 de janeiro de 2022 e os resultados serão apresentados em 29 de julho de 2022.

Implementação do Real Digital

Recentemente, o Banco Central afirmou que o lançamento oficial do Real Digital pode demorar até três anos, no entanto, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, indicou que pretende liberar o CBDC o mais rápido possível, desde que todos os parâmetros necessários estejam corretos para a implantação da moeda digital.

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