Deputado Alexandre Frota usa o Bitcoin para provocar Flávio Bolsonaro: ‘Essa criptomoeda não tem rachadinha’
Em nova polêmica, Alexandre Frota citou o caso de corrupção que envolve o nome de Flávio Bolsonaro na Alerj citando o Bitcoin.
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB/SP) usou o Bitcoin para provocar o senador Flávio Bolsonaro (Patriota/RJ) nesta segunda-feira, citando o famoso caso das “rachadinhas”, esquema de corrupção que o filho do presidente Jair Bolsonaro teria comandado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando era deputado estadual.
No Twitter, Frota postou uma imagem em que ele aparece pisando em Flávio Bolsonaro na capa de uma “revista” – aparentemente fictícia – com o logo do Bitcoin ao lado do Banco Central do Brasil e uma manchete: “Essa criptomoeda não tem rachadinha”.
Capa da revista de Bitcoin, a moeda que não dá para p Senador fazer rachadinha. @criptofacil @Bitcoin @MercadoBitcoin @portaldobitcoin @BitcoinNewsBR @btc_banco pic.twitter.com/y6veBXf0Zj
— Alexandre Frota 77 (@77_frota) June 7, 2021
Eleito como um dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, Frota passou para a oposição logo no primeiro ano do atual governo, sendo expulso do PSL por pressão do presidente e filiando-se ao PSDB de São Paulo. Em julho de 2019, Frota disse” “Bolsonaro é a minha maior decepção”.
O deputado já protocolou seis pedidos de impechment contra Bolsonaro pela sua atuação durante a pandemia de coronavírus. Na Câmara dos Deputados, Frota também participou de embates contra o irmão de Flávio, Eduardo Bolsonaro, seu colega de congresso.
O esquema de corrupção no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj teria acontecido entre 2007 e 2018 envolvendo 12 funcionários fantasmas, que devolveriam parte dos salários ao parlamentar, em prática conhecida como “rachadinha”. O principal articulador do esquema era o ex-assessor Fabrício Queiroz, que foi preso em 2020 e hoje planeja se candidatar às eleições de 2022. A defesa do senador tenta arquivar a investigação no Supremo Tribunal Federal.
As suspeitas foram levantadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Depois das investigações virem à tona, Jair Bolsonaro articulou para transferir o Coaf para o Banco Central, dando início a um desmonte no órgão de fiscalização financeira. Há um mês, o governo federal cortou as verbas do Conselho que seriam usadas na modernização do sistema contra a corrupção.
Na última semana, o site Metrópole revelou a Receita Federal rastreou investigações fiscais feitas contra o presidente Jair Bolsonaro e sua família: a primeira-dama Michelle, os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, as ex-mulheres do presidente Ana Cristina Valle e Rogéria Nantes e até mesmo o amigo de longa data Fabrício Queiroz. A “pesquisa” teria custado R$ 490 mil à Receita Federal.
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