Deputado Alexandre Frota pede fim do Pix: ‘Pessoas estão sendo assaltadas e mortas por causa desse aplicativo’

Em postagem no Twitter, o deputado federal culpou o sistema instantâneo de transferência interbancária por aumento da violência no país.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) pediu o fim do Pix em uma postagem no Twitter, na quarta-feira, pois, de acordo com ele, o sistema instantâneo de transferência interbancária tem provocado assaltos e mortes no país.

Frota ainda criticou os bancos por oferecerem o serviço sem garantir a segurança dos clientes.

As respostas à postagem foram majoritariamente negativas e geraram diversas críticas por tratar-se de uma proposta que ataca as consequências – e não as causas. Mutas respostas mencionaram que assaltos e mortes são um problema de segurança pública, e o Pix é apenas uma modalidade de transferência bancária que pode ser realizada remotamente, como TEDs (Transferência Eletrônica Disponível) e DOCs (Documentos de Crédito), que já existiam antes.

A diferença é que o Pix permite que transferências sejam feitas ao longo das 24 horas do dia, inclusive nos fins de semana.

De qualquer forma, muitos argumentaram que terminar com o Pix não seria exatamente a melhor solução. Outros mencionaram, inclusive, que o Pix beneficiaria os usuários dos serviços bancários por eximirem-nos do pagamento de taxas de transferência.

Em junho deste ano, o Banco Central anunciou a implementação de um sistema antifraudes para permitir que usuários e instituições que realizassem transferências pelo Pix pudessem recuperar esses recursos posteriormente em caso de suspeita de fraude ou falha na operação. Até então, o Pix só permitia que o usuário que recebesse a transferência pudesse efetuar a devolução dos recursos.

Ainda de acordo com o Banco Central, as transações por Pix podem ser rastreadas, possibilitando a identificação de criminosos que utilizam o sistema bem como uma ação mais incisiva da polícia e da Justiça. “

“Dados recentes do Pix mostram haver suspeita de fraude em apenas 0,001% das transações de Pix. Essa fração é ínfima e se mantém constante ao longo do tempo”, declarou um representante do BC à BBC Brasil.

Também em junho, o Cointelegraph Brasil noticiou que o Pix foi eleito o melhor sistema de pagamentos do mundo na categoria Payment Innovation do Fintech & Regtech Global Awards 2021.

Ataques ao Bitcoin

Antes do Pix, o Bitcoin (BTC) vinha sendo alvo de ataques de Frota. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, em junho o deputado protocolou um Projeto de Lei pedindo que o Banco Central do Brasil regulamentasse o mercado e a tributação do Bitcoin e de outras criptomoedas em, no máximo 180 dias.

A alegação era de que ativos digitais favorecem a execução de crimes contra o sistema financeiro nacional, como sonegação de impostos e evasão de divisas, além de exporem os investidores a riscos demasiados.

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