Departamento do Tesouro dos EUA sanciona iranianos envolvidos no Ransomware SamSam
O Departamento do Tesouro dos EUA, informou em um comunicado de imprensa do dia 28 de novembro, que sancionou dois iranianos supostamente envolvidos no esquema de ransomware de Bitcoin, SamSam.
O Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC) tomou medidas contra os iranianos, Ali Khorashadizadeh e Mohammad Ghorbaniyan, acusados de trocar o bitcoin por riais iranianos (IRR).
De acordo com o comunicado, o SamSam ransomware invade as redes de computadores de empresas, permitindo que os criminosos assumam os direitos de administrador, a fim de exigir um resgate em Bitcoins, em troca dos usuários recuperarem o acesso de rede. O ransomware danificou várias empresas, agências governamentais, universidades, hospitais, e fez mais de 200 vítimas.
O OFAC conseguiu identificar dois endereços de cripto associados aos supostos criminosos do Irã, com 7.000 transações no Bitcoin e cerca de 6.000 BTCs movidos desde 2013. Esta é a primeira vez que endereços de Bitcoin foram publicamente atribuídos a “indivíduos designados” na lista de sanções do OFAC.
Embora Khorashadizadeh e Ghorbaniyan sejam supostamente responsáveis pela exchange cripto e pelos depósitos de rials em bancos iranianos, o esquema de ransomware também envolveu mais dois iranianos que agiram como hackers e infectaram várias redes de dados com o SamSam nos EUA, no Reino Unido, e Canadá desde 2015.
Em agosto, a revista inglesa de ciência e tecnologia Wired UK informou que os criadores do SamSam estavam ganhando cerca de 300.000 dólares por mês. Segundo pesquisa da empresa de segurança cibernética Sophos, o SamSam acumulou cerca de 6 milhões de dólares desde 2015.
De acordo com a Wired UK, o SamSam não realizou nada muito sofisticado, sem automação e implementando “hacking old school”. E ao contrário do enorme ransomware WannaCry que paralisou centenas de hospitais e GPs em 2017, SamSam teria sido gerenciado manualmente.
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