Deltan Dallagnol destaca uso ilícito das criptomoedas e recebe críticas

Deltan Dallagnol, procurador federal e um dos principais nomes da operação Lava Jato, foi criticado por entusiastas do Bitcoin no Twitter.

Deltan Dallagnol compartilha trechos que ligam lavagem de dinheiro e Bitcoin

O embate ocorreu após Deltan ter publicado trechos de um artigo sobre lavagem de dinheiro na última quarta-feira (19).

O artigo é intitulado “Criptolavagem: um novo método para um antigo crime” e foi escrito por Allan de Abreu.

Assim, o conteúdo do documento discuta as recentes apreensões de criptomoedas realizadas pela Polícia Federal (PF).

Ao compartilhar a publicação, Dallagnol citou dois trechos do artigo.

Um deles diz respeito a como criminosos supostamente utilizariam o BTC para o cometimento de crimes.

“No Brasil, o doleiro deposita determinada quantia em reais na conta de uma corretora, que converte o valor em Bitcoin…e fornece um código para o depositante. Com essa senha, é possível sacar o valor equivalente em dólar ou euro por meio de outra corretora no exterior (sic)”, twitou Dallagnol.

Bitcoin-Cabo

Essa espécie de operação ilícita foi denominada de “Bitcoin-cabo”.

O nome faz referência ao “dólar-cabo”, operação na qual pessoas enviam dólares para outro país por meio de uma operação financeira ilegal.

Todo o processo, supostamente, impede o monitoramento pelo Banco Central (Bacen).

Com o dólar, os intermediários seriam os doleiros.

Já no caso do BTC, os próprios criminosos agem, utilizando exchanges para fazer as transferências dos valores ilícitos.

Deltan Dallagnol recebe críticas após publicação

Em suas postagens, Dallagnol não indicou se concorda ou não com o teor do artigo.

Todavia, muitosentusiastas de criptomoedas brasileiros comentaram sobre as publicações.

Até o momento da escrita desta matéria, o procurador recebeu mais de 80 respostas.

A maioria destaca que as criptomoedas não são úteis para crimes, pois todas as transações ficam armazenadas na blockchain.

Outros comentários ainda salientam que o uso de moedas fiduciárias no crime é muito maior.

O dólar, por exemplo, possui um uso mais disseminado entre os criminosos do que o BTC.

Outros ironizaram, afirmando que o aplicativo Telegram também era utilizado para cometer crimes.

A referência foi ao vazamento de conversas entre os procuradores da Lava Jato que utilizavam o aplicativo para se comunicar.

Narcélio Filho afirmou ironicamente que nenhuma lavagem teria ocorrido na situação descrita

As reações críticas se mesclam a acusações políticas sobre a atuação do procurador na Lava Jato.

Bitcoin é pouco usado para crime, de fato

De fato, um estudo de 2020 desmistificou a ideia de que criptomoedas são largamente utilizadas em crimes.

O documento aponta que nem mesmo as criptomoedas focadas em privacidade oferecem um risco maior que exija a criação de novas leis.

Portanto, o uso das criptomoedas para crime é mais um mito do que um fato.

Além disso, sem dúvidas as moedas fiduciárias são muito mais usadas para o crime.

Dessa forma, a tentativa de alguns em manchar a reputação das criptomoedas é apenas uma forma de criar medo.

As criptomoedas permanecem mais seguras e mais honestas que qualquer moeda estatal que o leitor possa imaginar.

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