Deloitte delineia cinco importantes obstáculos à adoção mainstream da blockchain
A Deloitte descreveu cinco áreas principais nas quais o blockchain precisa se desenvolver para alcançar uma adoção generalizada.
A empresa de auditoria e consultoria “Big Four”, Deloitte, delineou cinco áreas básicas de desenvolvimento para a tecnologia blockchain a fim de alcançar ampla adoção, de acordo com um estudo publicado em 28 de setembro.
De acordo com a Deloitte, a fim de ser adotada pelas empresas em larga escala, a tecnologia blockchain deve superar cinco grandes obstáculos – a possibilidade de operações demoradas, falta de padronização, altos custos e complexidade das aplicações blockchain, incerteza regulatória, bem como a ausência de colaboração entre firmas relacionadas ao blockchain.
Identificando a área que mais necessita de desenvolvimento, a Deloitte destacou o problema de possíveis atrasos operacionais em uma rede de contabilidade distribuída. A empresa enfatizou que a baixa velocidade de transação é uma das principais razões para muitos players evitarem considerar o blockchain como uma tecnologia que pode ser aplicada em “aplicações de larga escala”.
Outro grande obstáculo para o blockchain no caminho para a adoção generalizada é a falta de padronização. A Deloitte apontou que a falta de padronização impede que os desreguladores de tecnologia interajam uns com os outros. O gigante da consultoria cita o fato de que existem mais de 6.500 projetos ativos de blockchain no GitHub, com a maioria deles baseados em diferentes protocolos, consensos, medidas de privacidade, bem como escritos em diferentes linguagens de codificação.
Entre as áreas remanescentes para o desenvolvimento, a Deloitte listou a necessidade de reduzir os custos e a complexidade das operações da rede, a importância da regulamentação de apoio à inovação, bem como o papel crucial da colaboração entre as empresas relacionadas ao blockchain.
Em termos de custos e complexidade da tecnologia emergente, a Deloitte se referiu a grandes gigantes da tecnologia como Amazon, IBM e Microsoft, que supostamente entregaram implementações menos complicadas de blockchain usando tecnologia de nuvem, além de contribuir para melhorar os custos de operações em blockchain.
Entre as questões mais complexas relacionadas à regulamentação de blockchain, a empresa destacou a dificuldade de regulamentar os contratos inteligentes, que não se enquadram necessariamente nas estruturas existentes.
O último ponto do relatório enfatiza a importância da cooperação entre as empresas relacionadas ao blockchain, a fim de impulsionar as novas implantações da tecnologia, bem como proporcionar uma melhor educação na esfera. A empresa diz que o número crescente de consórcios blockchain, como o R3, é um “sinal de alta”, porque o “valor de uma rede blockchain aumenta com o número de usuários”.
No mês passado, a Cointelegraph publicou uma entrevista com Jeremy Gardner, fundador da Blockchain Education Network e cofundador da plataforma de previsão blockchain Augur. Na entrevista, o especialista do setor afirmou que, para alcançar a adoção em massa, os que estão se desenvolvendo na indústria devem “incluir as pessoas que mais se beneficiam” da tecnologia blockchain – ou seja, os desprovidos do mundo – comentando que “não fizemos ótimo trabalho fazendo isso, ainda.”