Delegado responsável por inquérito de suposta fraude no GBB teria pedido prisão de Cláudio Oliveira
Em petição, defesa de Cláudio Oliveira se manifesta contra supostos pedidos de prisão, de busca e apreensão e de quebra de sigilos bancário e fiscal.
A defesa de Cláudio Oliveira, o responsável pelas empresas que formam o Grupo Bitcoin Banco (GBB), peticionou no último dia 08 de junho, no processo de número 0020458-17.2019.8.16.0013, contra supostos pedidos de prisão, busca e apreensão e quebra de sigilos bancário e fiscal, que teriam sido pedidos pelo delegado que comanda do inquérito que apurava a suposta invasão hacker contra o GBB.
A petição diz de que o delegado José Barreto de Macedo Júnior teria representado por medidas contra Cláudio Oliveira em função dos desdobramentos do inquérito que apurou as supostas fraudes contra o GBB e não encontrou indícios de invasão na plataforma de criptomoedas da empresa.
Reviravolta no caso
O inquérito policial 116039/2019, junto do Boletim de Ocorrência 2019/617761, se referem à suposta invasão Hacker que o GBB teria sofrido e que justificaria a indisponibilidade dos saques dos valores pertencentes aos clientes da plataforma.
Cláudio Oliveira sempre fez referências a esse inquérito como provando sua boa-fé em trazer a polícia e a justiça “para dentro de casa”, isto é, do GBB, para apurar as fraudes que explicariam o caso. Ocorre que, conforme o Cointelegraph publicou, o delegado decidiu pelo arquivamento do inquérito, concluindo, dentre outras coisas, que não é possível afirmar que houve, de fato, um ataque hacker às plataformas do GBB.
Os desdobramentos dessa decisão de arquivar o inquérito, porém, aparentemente não pararam por aí. Segundo a petição da própria defesa de Cláudio Oliveira, o delegado teria então se manifestado a favor de prisão, busca e apreensão e de quebra de sigilos bancário e fiscal contra o empresário dono do GBB.
O Cointelegraph Brasil não teve acesso ao pedido, não sendo possível identificar as justificativas do delegado para os pedidos.
GBB acusa cliente
Na mesma petição, o GBB partiu para o ataque contra um de seus ex-clientes, afirmando que este teria supostamente atingido “um ganho fraudulento de aproximadamente 1.197.99% de lucro”.
Para explicar tal alegação, a petição erroneamente afirma que “todos os clientes do Grupo, sem exceção, para aquisição e negociação de Bitcoin, eram e são obrigados a realizar transferências bancárias, de modo que todo dinheiro que compõe o ativo do grupo possui lastro, sendo possível o rastreamento pelas autoridades”.
Acontece que o GBB aceitava depósitos e saques em Bitcoin. Dessa forma, um cliente poderia transacionar dinheiro nas plataformas do grupo sem nenhuma obrigação de realizar transações bancárias para as referidas operações.
Questionada sobre o pedido de prisão, busca e apreensão e quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como sobre a incongruência da afirmação na petição e a prática do GBB, a assessoria afirmou que vai averiguar os pontos levantados para se posicionar.
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