DeFi responde por 100% de todas as criptomoedas roubadas no segundo trimestre de 2022

De acordo com os dados da BestBrokers.com baseados em relatórios da Chainalysis, 100% dos grandes hackes de 2022 foram em protocolos de DeFi

O ecossistema das finanças descentralizadas (DeFi) apresentam um crecimento vertiginoso desde o ano passado quando o setor viu o volume de transações, nas DEX, aumentar mais de  900% em 2021 em comparação com 2020.

O interesse em DeFi permanece alto em 2022, com os volumes de transações DEX em dolares este ano permanecendo no mesmo nível de 2021, apesar da queda nos preços das criptomoedas. Esse hype parece estar atraindo não apenas investidores, mas também hackers, em busca de ganhos rápidos e supostamente “irrastreáveis”.

No segundo trimestre de 2022, segundo apontam dados da equipe de pesquisa da BestBrokers.com, o foco dos hakcers mudou inteiramente para a exploração de serviços e protocolos DeFi. De acordo com os dados da copilados pela empresa e baseados em relatórios da Chainalysis, 100% dos grandes hackes de 2022 foram em protocolos de DeFi.

Formas de ataque em DeFi

Segundo aponta a empresa, os hackers de DeFi, estão usando basicamente três táticas para roubar os fundos ligados a usuários e protocolos de finanças descentralizadas: exploração nos contratos inteligentes, via engenharia reversa; manipulação de mercado e sites fraudolentos.

No caso do primeiro tipo de ataque a empresa destaca que o fato dos contratos inteligentes dos serviços DeFi residirem em endereços públicos, sua lógica de programa pode estar sujeita a engenharia reversa, mesmo que seu código não seja divulgado.

Isso significa que qualquer pessoa com habilidades suficientes pode acabar com o código de máquina completo do contrato e potencialmente encontrar e explorar uma falha de segurança.

Além disso a empresa destca que muitas vezes, os serviços DeFi utilizam um ou mais de seus próprios tokens, usados ​​de alguma forma no ecossistema do serviço, como para incentivar o staking pagando aos usuários uma taxa de juros fixa ou atrelar algoritmicamente um token ao dólar.

Como esses tokens geralmente têm valor de mercado e são negociados em bolsas e pools de liquidez, eles podem estar sujeitos a manipulação de preços para ganho por uma parte ilícita e afetar negativamente todo o projeto DeFi.

Por fim a empresa aponta que como o setor de DeFi é possivel aplicar golpes com moedas falsas.

“Você só precisa de um site, executando um aplicativo descentralizado Web3 e um contrato inteligente e com os orçamentos de publicidade e marketing certos, você pode começar a adquirir usuários imediatamente. Alguém com más intenções desde o início pode se apresentar como um projeto legítimo, coletar investimentos e em um ponto desaparecer com toda a criptomoeda”, aponta.

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