Finanças descentralizadas invadem a B3, que supera Nasdaq e bolsas de todo o mundo com dois ETFs de DeFi
Bolsa brasileira é a única do mundo a ter dois ETFs de DeFi listados para negociação dos investidores: o DEFI11 da Hashdex e o QDFI11 da QR Capital que foi inclusive o primeiro ETF de Defi do mundo
As finanças descentralizadas invadiram a B3 que, nesta quinta-feira (17), passou a negociar mais um ETF de finanças descentralizadas, o DEFI11, novo ETF da Hashdex. Com a estréia a Bolsa brasileira amplia ainda mais a liderança no setor de ETFs cripto sendo a unica do mundo a ter dois ETFs de DeFi.
Conforme explica a Hashdex, o novo ETF visa oferecer uma exposição diversificada e regulada ao universo de DeFi, um setor que possui grande potencial para transformar o mercado financeiro tradicional. Para o lançamento do produto, a Hashdex captou R$ 55,5 milhões.
Desenvolvido em parceria com a CF Benchmarks, um dos principais provedores globais de índices cripto, o DEFI11 vai espelhar o “CF DeFi Modified Composite Index”. Trata-se de um índice que segue rigorosos critérios de elegibilidade para obter a melhor representação do mercado global de DeFi.
Inicialmente, o índice vai contar com um total de 12 ativos, divididos em três categorias. São elas: Protocolos DeFi que oferecem soluções práticas e modernas para serviços financeiros: Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP; Protocolos de Suporte, que auxiliam protocolos DeFi com serviços de armazenamento e consulta de dados, verificação de identidade e soluções de escalabilidade: Polygon, Chainlink e The Graph.
E, como terceira categora a empresa destaca as “Plataformas de Registro”, que são blockchain nas quais as transações são validadas e registradas. Desta categoria, a selecionada foi a rede Ethereum.
ETF da QR já tem volume de quase R$ 9 milhões
No entanto o QDFI11, da QR Capital, foi o pimeiro ETF 100% investido em DeFi a ser listado no Brasil e no mundo. Nesta quinta o produto de investimento completou uma semana de negociações na B3 e, desde seu lançamento, já movimentou quase R$ 9 milhões.
Lançado pela QR Asset Management, o ETF acompanha o Bloomberg Galaxy DeFi Index, oferecendo exposição de forma regulada, segura e acessível ao setor de DeFi, considerado o futuro dos serviços financeiros.
Os protocolos de DeFi tiveram um crescimento de, aproximadamente, 110.800% nos últimos dois anos e já movimentam $240 bilhões de dólares, de acordo com análises on-chain. Comprando uma cota do QDFI11, o investidor se expõe a diversas soluções deste setor.
Na parte de exchanges descentralizadas, há, por exemplo: o protocolo Uniswap, que é um facilitador de negociação de outros tokens; a Curve (CRV), focada em stablecoins (criptos lastreadas em moedas fiduciárias); a Sushiswap (Sushi), que atua como formadora de mercado e provê liquidez entre quaisquer pares de moedas digitais; e a 0X (ZRX), exchange exclusiva da rede Ethereum.
No que concerne a soluções de investimentos, o QDFI11 compra ativos como Synthetix (SNX), Yearn Finance (YFI) e Compound (CMP), que operam como espécies de “gestoras descentralizadas”.
Outros tokens negociados no ETF são o Aave Protocol (AAVE), para empréstimos colateralizados, e o MakerDao (DAO), focado em estruturas de governança corporativa baseadas em blockchain.
“Ao olharmos o mercado de cripto, vemos uma variedade bastante significativa de ativos surgindo, mas muitos ainda tímidos em valor de mercado, especialmente quando comparados ao Bitcoin e Ethereum. A maneira que encontramos de garantir maior diversidade ao investidor, sempre reduzindo os riscos, foi buscando um índice que agregasse uma cesta de ativos. Para este papel, escolhemos o Bloomberg Galaxy DeFi Index, o índice mais antigo e maduro disponível no mercado de DeFi”, explica Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management.
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