Dados de clientes da Urpay são vendidos na internet e expõem vítimas da Unick

A vida de um cliente da Urpay com dinheiro preso na Unick Forex acabou de piorar. De acordo com o site Tecmundo, que se baseou em um relatório da ITALTEL Digital Security, os documentos de mais 500 mil pessoas contas na empresa meios de pagamento foram vendidos em uma loja online.

Informações como selfies, fotos de documentos CPF, endereço, RG, data de nascimento, entre outros, foram disponibilizados, segundo a reportagem, por R$ 20 e R$ 40 cada dado. A possibilidade é que quem vendeu as informações tenha faturado cerca de R$ 2 milhões.

A informação chega em um momento em que a Urpay vem cada vez mais saindo de cena. Depois de vender carteira de com dois milhões de clientes para a Suit bank S/A, a empresa de solução de pagamentos Urpay, que era utilizada pela Unick Forex, desativou seu aplicativo, as redes sociais e retirou do seu site o serviço de cadastros de novos clientes. Esse fato deixou a entender que a empresa tivesse encerrado suas atividades.

Segundo José André Costa, Ceo da Urpay, entretanto, isso não significa que a empresa deixou de existir e que as redes sociais foram desativadas após a venda das carteiras de clientes para a Suit Bank.

Ele explicou ao Portal do Bitcoin que a Urpay apenas mudou o segmento de seu negócio. A empresa teria, então, deixado de atender o mercado de varejo, pois isso teria sido estabelecido num contrato feito com a Suit Bank.

“Com a venda da carteira de clientes, foi estabelecido em contrato que a Urpay não poderia mais atender os mesmos nichos de mercados que a empresa adquirente dessa carteira.”

Devido a esse fato, mencionou Costa, “o aplicativo foi retirado da loja do Google”. Sobre os problemas envolvendo as contas que não ficaram disponíveis na Suit Bank após a venda da carteira, o empresário disse, portanto, que isso ocorreu por que elas estariam sob pendência.

Ele mencionou que para a conta poder ser acessada no Suit Bank, a “pendência deve ser resolvida terá de resolver antes as pendências com a Urpay. Esses problemas, segundo Costa, podem ter relação com fraude na conta ou da existência de “algum processo na Justiça ou bloqueio judicial”.

Urpay e Unick Forex

Costa mencionou que a venda da carteira e a saída da atuação da Urpay do setor de solução de pagamentos para o varejo nada tem a ver com o escândalo da Unick Forex.  Ele disse, então, que o vínculo entre as duas empresas foi de prestação de serviços de plataforma de solução de pagamentos por “somente” cinco meses.

“A Unick usou o serviço da Urpay por somente cinco meses e daí pegam praticamente 4 anos da empresa, mais de dois milhões de clientes e ignoram”, expôs a insatisfação diante das notícias que vinculam as duas empresas.

Ele afirmou que além da Urpay, a Unick Forex utilizava cerca de seis plataformas de pagamento e uma corretora de criptomoedas. Costa, no entanto, não mencionou nome de nenhuma dessas empresas.

Causas na Justiça

O fato, porém, é que apesar de o Ceo da Urpay buscar afastar a imagem da empresa de solução de pagamentos da Unick Forex, que vem sendo investigada por fraudes com criptomoedas, há diversas ações movidas por investidores contra as duas empresas. 

Até novembro do ano passado, a Urpay, uma das responsáveis pelo pagamento dos clientes da Unick Forex, passou a compor 51,16% dos processos movidos no Judiciário paulista contra a empresa suspeita de pirâmide financeira com criptomoedas. Das 129 ações de investidores contra a Unick Forex que tramitam em São Paulo, 66 trazem também a Urpay como ré.

Num desses processos, a juíza Bianca Ruffolo Chojniak da 6º Vara Cível de Santo André, após se constatar que os valores investidos na Unick foram creditados na Urpay, resolveu responsabilizar também a empresa de pagamentos por prejuízos sofridos por investidor. A decisão é uma liminar e cabe ainda a manifestação da Urpay no processo.


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