CVM quer ‘popularizar’ educação financeira com multiplicadores de conteúdo

CVM quer levar educação financeira para o povo usando sistema de “multiplicadores” que são pessoas físicas autorizadas pela autarquia a difundir conteúdo

A Comissão de Valores Mobiliários, CVM, anunciou o lançamento do Programa Bem-Estar Financeiro: Multiplicadores.

Desta forma, segundo a autarquia a iniciativa tem o objetivo de cadastrar pessoas e profissionais interessados em se tornar capacitadores da educação financeira em instituições públicas ou privadas, com o objetivo de levar a educação financeira ao ambiente de trabalho, colaborando para a mudança de comportamento financeiro dos envolvidos.

“A Autarquia irá fornecer aos multiplicadores todo o suporte de conteúdo (material didático), apoio técnico (tirando dúvidas) e atualização (sala virtual) necessários para realização do Programa”, comentou Julio Dahbar, analista da Divisão de Educação Financeira (COE/SOI) da CVM.

Quem pode participar?

De acordo com a CVM podem participar os multiplicadores já possuam conhecimentos prévios relacionados aos assuntos abordados.

Por isso, para utilizar os materiais e atuar como multiplicador parceiro do Programa, o interessado deverá se enquadrar em um dos perfis definidos no manual de apresentação do Programa.

A iniciativa promove a parceria entre CVM e o novo multiplicador, que terá toda a base de apoio educacional e especializado da Autarquia, reconhecida por sua atuação e foco na educação financeira.

Abrangência

O Bem-Estar Financeiro: Multplicadores terá cobertura nacional.

Desta forma, segundo a CVM, a presença dos multiplicadores é fundamental, pois serão os responsáveis pela aplicação de fato do programa nas empresas.

As intervenções foram desenhadas com base no Modelo Transteórico para Mudança de Comportamento (TTM), em que a mudança de comportamento individual ocorre de forma gradual e contínua, passando por cinco estágios sucessivos:

  • 1. Pré-contemplação: indivíduo sequer tem a consciência de que mudar seu comportamento pode melhorar seu bem-estar, e não pretende agir nos próximos seis meses.
  • 2. Contemplação: indivíduo já tem consciência da necessidade de mudança, pretende agir dentro dos próximos seis meses, mas ainda não sabe como.
  • 3. Preparação: indivíduo pretende agir nos próximos trinta dias e começa a tomar providências para tanto.
  • 4. Ação: já iniciou o processo de mudança, tendo implementado alterações visíveis no comportamento nos últimos seis meses.
  • 5. Manutenção: indivíduo está tentando manter o novo comportamento, e já realizou alterações visíveis há mais de seis meses.

A CVM destaca que o cadastro como multiplicador do Programa não certifica ou autoriza o profissional a exercer qualquer atividade regulamentada no mercado de capitais. Também não representa qualquer tipo de capacitação ou formação relacionada ao conteúdo do Programa.

Além disso, não serão permitidas quaisquer formas de divulgação e/ou comercialização de produtos ou serviços, ou qualquer outra forma de utilização do curso para fins comerciais.

O principal objetivo da CVM é promover o bem-estar financeiro dos participantes, auxiliando na redução do endividamento, no controle financeiro, planejamento, consumo consciente e na autonomia para tomadas de decisão.

Day Trade

Recentemente a CVM anunciou o lançamento de uma cartilha focada em Day Trade e também de um aplicativo que pode ajudar as pessoas a não cairem em golpes ou fraudes envolvendo Bitcoincriptomoedas, e outras formas de investimento.

Segundo a autarquia, o objetivo do “CVM Digital” é aproximar ainda mais a instituição do público em geral, por meio do acesso rápido, fácil e claro a uma das informações mais importantes prestadas pela instituição: quais participantes estão autorizados, pela CVM, a atuarem no mercado de capitais.

Desta forma, ao consultar no aplicativo uma empresa que oferece algum tipo de investimento e ela não estiver autorizada pela CVM, o investidor já pode acionar um “alerta” sobre a oferta da empresa.

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