CVM revela que 27% da população caiu em golpes aplicados com criptomoedas

Um novo relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que as criptomoedas foram usadas para aplicar golpes financeiros em cerca de 27% dos 1002 entrevistados.

Um novo relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que as criptomoedas foram usadas para aplicar golpes financeiros em cerca de 27% dos 1002 entrevistados.

Os resultados obtidos na pesquisa quantitativa sugerem que os voluntários que não foram vítimas de fraudes financeiras possuem um portfólio mais refinado e diversificado de investimentos, ao contrário das vítimas de fraude que investem mais em poupança, criptomoedas e start-ups, como mostra o gráfico a seguir.

Fonte: CVM

Somando as vítimas dessas 4 modalidades, apenas 9,6% dos respondentes da pesquisa da CVM afirmaram não possuir investimentos financeiros. Outro dado importante é que as criptomoedas aparecem como o produto de investimento mais citado por 43% desse total de vítimas de golpes financeiros.

Os demais principais mercados mencionados foram Forex (29,8%), opções binárias (16,9%) e ações (15,2%). Na fase qualitativa, as criptomoedas também apareceram com grande frequência, com os entrevistados mencionando entusiasmo por sua proposta inovadora, disruptiva e revolucionária, acreditando se tratar de uma boa alternativa para diversificar o portfólio. 

As principais características de interesse no mercado de criptoativos citadas pelos respondentes foram a escassez, valorização, rentabilidade, segurança e não rastreabilidade. Já os esquemas em que caíram foram vistos como atrativos por oferecerem uma solução prática para a necessidade de acompanhar o mercado com afinco para ter ganhos financeiros. 

A respeito da relação com o fraudador, metade dos respondentes afirmou conhecê-lo de alguma forma (28,1% conhecia o golpista pessoalmente, enquanto 21,9% conhecia, mas não pessoalmente. Para 29,8% das vítimas o fraudador era um estranho e outros 9,0% disseram não ter recebido a oferta por terceiros. Os outros 11,2% não informaram. 

O meio de divulgação para fraude mais citado foi o aplicativo Whatsapp (mencionado por 27,5%), seguido pela divulgação boca-a-boca pessoalmente (19,7%). Também figuraram e-mail e ligação telefônica, ambos citados por 12,4% dos respondentes.

Fonte CVM

Valores perdidos

Os valores perdidos pelas vítimas foram diversos, havendo respostas de até R$100 e acima de R$100.000, mas houve maior concentração de resposta nas faixas entre R$10.000,01 e R$50.000,00 (22,5%) e entre R$1.000.01 e R$5.000,01 (21,3%).

Sobre a principal finalidade do investimento, 35% da amostra afirmou estar em busca de lucro, mas ainda sem objetivo definido, seguido de 17% dos respondentes que queriam diversificar o portfólio. 

Parcelas menores dos respondentes afirmaram ter como finalidade usar os lucros que obteriam com o gasto de despesas mensais (7%) ou pagar dívidas (7%). Em relação às situações financeiras dos respondentes, 65,7% afirmaram não estarem endividados no momento do envolvimento com a fraude.

Fonte: CVM

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