CVM ‘abraça’ blockchain e junto com Banco Mundial e Senac vai ensinar a tecnologia gratuitamente para jovens no Brasil

Comissão de Valores Mobiliários, Banco Mundial e Senac se unem para dar curso de blockchain gratuito para jovens em todo o Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) anunciou em 13 de fevereiro uma parceria inédita entre a autarquia, o Banco Mundial e o Senac para a criação de um programa de capacitação de jovens brasileiros que vai ensinar programação para jovens no Brasil incluindo o desenvolvimento de smart contracts em blockchain, segundo informou o jornal Valor Econômico.

A parceria entre as instituições levou a criação do “Programa Seu Futuro”, que iniciou um programa piloto oferecido a jovens da Vila Olímpica da Pavuna, no Rio de Janeiro. Agora a ideia é expandir a atuação no segundo semestre deste ano para Jovens Aprendizes.

“Fomos procurados pelo Banco Mundial para fazer uma avaliação de impacto no país buscando resolver a transição da escola para o emprego. O foco era educação financeira, mas achamos que seria importante trazer algo que fizesse diferença em termos de profissionalização. Sugerimos uma academia, não só de programação, mas de blockchain”, disse José Alexandre Vasco, superintendente de orientação e proteção aos investidores da CVM.

Segundo a publicação, o curso estava dividido em duas opções, sendo uma com foco em educação financeira e empreendedorismo e outra voltada para programação e blockchain. Na nova ‘expansão’ do curso as atividades serão gratuitas e o conteúdo programático será maior. Ao todo, serão 800 horas de aprendizado e de 80 a 100 professores do Senac.

“Nós decidimos que trabalharemos com o programa Jovem Aprendiz”, diz Vasco.

Ainda segundo o Valor, o programa terá conteúdo técnico em programação para a web e em tecnologia para a área financeira, do desenvolvimento de sites a blockchain. No caso desta última tecnologia, serão ensinados os princípios de seu design, o reconhecimento de seus termos, como minerador, smart contract e identidade soberana, além dos desafios de sua implementação. O curso também inclui estudo de inglês.

“O objetivo é colocar o jovem perto do setor chave da empresa, e não apenas vinculado a posições de baixa complexidade. A proposta curricular [capacitar aprendizes em TI] é inovadora (…) A CVM nos trouxe essa necessidade. Hoje, é preciso que os jovens tenham domínio do novo mercado de tecnologia financeira. No varejo e no setor administrativo, a automação está crescendo. Precisamos olhar para o futuro para que ele possa ingressar, se manter e ter perspectiva de mobilidade no mercado de trabalho”, diz Anna Beatriz Waehneldt, diretora de educação profissional do Senac.

O Valor destacou também que enquanto a taxa de desemprego dos jovens é de 22,46%, o Brasil tem 33% das fintechs da América Latina e sobram vagas para profissionais de tecnologia, já que as empresa enfrentam dificuldades na contratação de novos funcionários.

Como noticiou o Cointelegraph recentemente, o Senac vem expandindo seus cursos e passou a oferecer um curso voltado para Internet das Coisas e outro para Inteligência Artificial.

As duas tecnologias estão intimamente ligadas com blockchain na medida em que diversos especialistas apontam que blockchain pode atuar como uma espinha dorsal para aplicações em IoT garantindo a confidencialidade das informações compartilhadas e impulsionando a criação de uma internet de valor conectando dispositivos.

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