Cryptojacking ultrapassa o ransomware como o principal malware em alguns países
Em alguns países, o malware que usa hardware infectado para mineração não autorizada de cripto está se tornando cada vez mais a principal ameaça cibernética em alguns países.
O cryptojacking, uso não autorizado de hardware de outro para minerar criptomoedas, se tornou a maior ameaça cibernética em muitas partes do mundo, informou a Bloomberg em 14 de dezembro.
De acordo com uma pesquisa da empresa de pesquisa em segurança cibernética Kaspersky Lab, o crypjacking superou o ransomware como a maior ameaça à segurança cibernética, particularmente no Oriente Médio, Turquia e África. No Afghanistan e na Etiópia, mais de um em cada quatro malware detectados são mineradores de criptomoeda, de acordo com os dados da Kaspersky.
Conforme citado pela Bloomberg, a pesquisa da Kaspersky “mostra que os ataques de mineração de cripto aumentaram quase quatro vezes na região, de 3,5 milhões em 2017 para 13 milhões este ano”. A empresa de cibersegurança alegou que os incidentes de cryptojacking provavelmente continuarão devido ao aumento uso de moedas digitais”.
Um relatório divulgado pela Kaspersky em novembro declara que a razão para o aumento do malware cryptojacking comparado ao ransomware pode “ser devido ao fato de que as pessoas dos mercados em desenvolvimento não estão tão ansiosas para pagar um resgate”.
Não apenas o PC, mas também os usuários de smartphones são alvos de softwares de mineração não autorizados – do período de 2016-2017 até o período 2017-2018, esses tipos de ataques supostamente aumentaram em 9,5%.
Fabio Assolini, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky, disse à Bloomberg que “a região [Oriente Médio, Turquia e África] está se tornando mais atraente para criminosos cibernéticos, com ataques financeiros e maliciosos de mineração de cripto tomando o centro das atenções”. Assolini também afirmou que tais ataques estão se tornando cada vez mais populares porque eles são “menos perceptíveis” do que o ransomware.
Ainda assim, o aumento na popularidade desse tipo de malware não é global. Por exemplo, este ano registrou uma queda de 15% na Zâmbia e 11% no Uzbequistão, de acordo com a empresa de segurança cibernética. O relatório conclui
“No ano passado, perguntamos quais são as dicas sobre os criminosos cibernéticos? Hoje, isso não é mais uma questão. Mineradores continuarão se espalhando pelo mundo e atraindo mais pessoas.”
O criptojacking não é a única maneira em que os cibercriminosos usam criptomoedas. Como a Cointelegraph relatou em outubro, os usuários do popular jogo de videogame Fortnite foram alvo de um malware que rouba os endereços de carteira de Bitcoin (BTC).
Não apenas indivíduos recorrem a tais ações em busca de ganhos financeiros. De acordo com uma empresa chinesa de segurança cibernética, após atacar exchanges cripto, hackers norte coreanos começaram a roubar criptomeodas de indivíduos.